Sabem qual foi a coisa mais interessante nessa jornada todo entre Brasil e Cingapura? Minha mala ter realmente chegado e sem danos. Meus cremes de cabelo, infelizmente, vazaram e melecaram tudo que encontraram pela frente (que bom que coloquei dentro de um saco plástico).
Fechando os parênteses, tivemos nosso primeiro dia aqui na Ásia. Fizemos um tour de imersão e conhecemos alguns pontos turísticos da cidade. O mais chocante, no momento, é ver os carros passando ao lado. A gente olha pro banco do motorista, enquanto o carro está passando, e não vemos absolutamente ninguém dirigindo. Por uns instantes a gente fica nervoso, mas depois lembramos que aqui os carros têm a direção no lado direito (o que seria do passageiro). As ruas também são na contra-mão. Se eu não for presa na primeira semana, vou ser atropelada. Fato.
Fizemos um passeio de barco pelo rio de Cingapura. É desse rio que é retirada 75% da água usada no país. O processo de purificação de água deles é bem barato em comparação com o de outros países porque eles não usam água do mar (mas como? eles estão numa ilha!). O pessoal aqui construiu o canal do rio acima do nível do mar, então quando chove a água é coletada em diversos pontos da cidade e vai parar ali. Quando não chove o governo usa aquela água pra distribuir. Quando vai chover novamente, eles liberam água que estava represada pro mar, limpam o canal e captam água nova. Muito bom! Mesmo assim, 25% da água deles é importada da Malásia. Além disso, Cingapura é o 3º país que mais manufatura petróleo, mesmo sem ter petróleo em seu território. A tecnologia das refinarias aqui é tão avançada, que o produto final deles tem uma qualidade e preço que compensam comprar petróleo no exterior.
Nosso almoço foi muito bom, apesar de eu passar a maior vergonha por não saber comer com os palitinhos (pelo menos eu não era a única). Até peixe eu comi, pai! Depois fomos pra Marinha e pra Chinatown, onde eu comi um monte de coisas estranhas e frutas diferentes (algumas bem ruins). Eu também tive alergia a alguma coisa. Fiquei com a pele vermelha e coçando por algumas horas. Nunca saberei o que foi.
Nossos relógios biológicos ainda não entenderam que a gente mudou de continente. Dá um sono monstro depois das 14h (4h no Brasil)...
O governo aqui tem a mania de colocar impostos altíssimos sobre qualquer coisa que faça mal. Bebida, por exemplo, custa cerca de R$15 a latinha de 200 mL (não de 350 mL!), por isso ninguém fica bêbado aqui. As carteiras de cigarro custam entre R$13 (mais bagaceiro) e R$40. Quer um carro? A licença custa US$70.000, e os carros tem 108% de impostos. Os carros mais baratos custam US$110.000 com a licença. Mesmo assim, a média de idade dos carros aqui é 2 anos e há 1 carro para cada 5 pessoas (pouco, comparado com São Paulo, que tem quase mais carro que gente). Depois as pessoas vendem pra Malásia e pra Indonésia e compram novos. Gente PODRE de rica.
Curiosidade #1: o país tinha 7 pequenas ilhas que, quando deu vontade no povo do parlamento, eles juntaram para formar uma grande ilha na costa (como???).
Curiosidade #2: Serviço militar aqui é obrigatório. O treinamento dura 2 anos.
Curiosidade #3: O país tem 3 ilhas médias reservadas pra exercícios do exército e testes com novas tecnologias de bombas. Cingapura vai entrar em guerra e eu não estou sabendo?
Curiosidade #4: A Indonésia, país que mais exportava terra (pra aterro) pra Cingapura, parou de vender essa matéria-prima porque o governo deles começou a sentir que Cingapura estava roubando o território do país. De fato Cingapura aumentava de tamanho e a Indonésia tendia a diminuir, não? Agora eles compram terra do Vietnã e continuam crescendo.
Ah, nosso guia era o Justin. Quase chamei-o de Bieber uma vez...
Fora isso, estou sobrevivendo bem com sucrilhos e cup noodles.
Era isso por hoje.
Beijos!
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