terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Feriadão


Posso dizer uma coisa que vai fazer todo mundo me odiar? Graçasadeus acabou o feriadão. Sério, eu não agüento mais. Estou muito cansada de passear. Eu preciso ir pro trabalho, só lá eu consigo um pouco de paz.

Depois da festa de domingo, que deixou todo mundo sequelado, eu achei que a segunda-feira ia ser tranqüila. Realmente foi mais tranqüila. Pude dormir até tarde, ouvir músicas, ficar vagando sem rumo na internet, atualizar o blog (já era segunda quando eu atualizei, o Google não entendeu que eu mudei o fuso horário) etc. O que aconteceu à noite foi totalmente culpa minha, eu que pilhei as pessoas pra fazer alguma coisa. Fomos até Marina Bay assistir um show de lasers, luz e som. Era sobre a história da água (embora eu não tenha visto nada parecido com o assunto durante o show). Foi simplesmente espetacular! Nós sentamos na beira do rio, como todo mundo e ficamos esperando algo acontecer (nenhum de nós tinha ido nesse show antes, só acontece uma vez por ano). De repente, música, acompanhada de umas luzes. Então, uma parede de água subiu e as imagens do filme começaram a ser projetadas ali! Ao mesmo tempo, uma fina camada de água era jogada sobre os visitantes para saudá-los (não, eu não podia ficar um dia sem tomar um banho não-intencional) e várias imagens também eram projetadas nessa névoa. Era um filme em 3D sem óculos! E quando a parede de água baixava, podíamos ver com muita clareza as luzes incríveis da cidade atrás. Pra finalizar, apareceu uma versão asiática muito linda do “What a Wonderful World”. Tá louco. E as pessoas assistindo BBB em casa.

Depois de jantarmos num shopping muito chique (tinha uma loja da Ferrari. Nunca fiquei tão perto de uma – isso que tinha um enorme vidro entre nós *.*), fomos prestigiar as enfeites de Ano Novo Chinês no palco flutuante da cidade (onde foi a abertura das Olimpíadas). Cores, sons, dragões, etc. Tudo bem óbvio, mas bonito. Minha noite estava normal até que uma família apareceu me pedindo pra tirar uma foto. Logo me prontifiquei a pegar suas câmeras e tirar uma foto da família, mas parece que eles queriam tirar uma foto onde eu estava. Muito educadamente, saí do caminho e fui mais adiante. Diante da insistência da família, percebi que eles queriam tirar uma foto COMIGO. Hã? É. Eu também demorei a entender. Eles tiraram várias fotos. No jardim botânico também aconteceu algo assim. Quem me conhece sabe como eu costumo sair pra caminhar. O short e a camiseta mais mulambeiros que eu achar no armário, cabelo todo errado, rosto brilhando de protetor solar e suor. Eu tinha caminhado por uma hora, estava morrendo. E o casal veio tirar uma foto no banco onde eu estava estirada pra descansar. Eu dei espaço, mas eles me queriam na foto. Medo. Parece que tirar foto de pessoas estranhas é normal aqui. Hoje tiraram uma foto com o Daniel na praia, mas obviamente porque ele é MUITO branco (australiano) e o cara era um indiano bem tostadinho (e muito simpático).

Depois das fotos bizarras, continuamos andando aleatoriamente pela cidade. Vimos umas pessoas fazendo festas nas pontes sobre o rio e umas festas mais normais. Sentamos na ponte de Clark Quay e admiramos a quantidade de travestis por ali. Continuamos andando e admirando a cidade a noite até umas 2 am. Aí cansamos mesmo e fomos pro hostel.

Hoje, fomos pra praia. Estava nublado, mas pelo menos não choveu! Os guris jogaram futebol por um bom tempo, alternando com banhos de mar. Umas pessoas da Coréia, Vietnã e do Japão do hostel se juntaram a nós. Foi bem divertido. Caminhamos um monte pra chegar na ilha (os pobres não queriam gastar $3 pra ir de metro) e estava cheio. Tivemos que desviar de um monte de indianos. Eles viajam em bandos: fato 1. Os homens indianos andam de mãos dados: fato 2. Isso atrapalha as ultrapassagens, e eles estavam andando a 2 km por mês pela quantidade de fotos que tiravam de cada pedra. Depois ainda caminhamos na praia. To podre.

Agora a Laurie, que passou o dia no hostel dormindo (apesar de eu ter convidado ela pra praia), me mandou uma mensagem me convidando pra ir no Avalon (aquele clube de semana passada). Eu vou responder “Vai catar coquinho!”, mas não sei como se escreve em inglês. Coloquei no Google Tradutor e apareceu “I politely decline your invitation”. Praticamente a mesma coisa.

Vou dormir e vocês ficam aí comentando.
Fui. Beijos!

6 comentários:

  1. Uma coisa não se pode negar...continuas parceira para o que der e vier. Bjs

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  2. Teus posts tão cada vez mais engraçados, acho que vou recomendar o blog para mais algumas pessoas lerem e rirem!
    O negócio da foto também aconteceu algumas vezes com meu pai quando ele foi pra China.

    Beijos,
    Mary

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  3. Hahaha! Que bom saber que nao sou a unica do freak show!
    Bjs!

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  4. Esse efeito ET de bater fotos com estranhos deve ser algo. Imagino o dia que eu for pra Ásia... só terei fotos com estranhos, branca desse jeito.

    ah, e o Google Tradutor me disse que a frase pra sua amiga Laurie é "Will collect coconuts". Sério, eu adoro o google translator assassino de idiomas.

    Beijos! Ale

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  5. hahahaha. eu adoro teus posts. obrigada por proporcionar momentos de risos tão bons! Esse negócio das fotos é esquisito mesmo, sou cheia de fotos com gente estranha quando morei na Índia (não sei qual é a pira... me sentia como os portugueses chegando no brasil e os índios querendo encostar..algo meio selvagem!), dizem que se chama o "efeito ET". hahaha. Beijos! Stef

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  6. Hahaha! Adorei o efeito ET! Nao tinha pensado nisso! faz todo sentido...
    Eu tambem odeio o google tradutor. Como sera que fica "vai ver se eu to na esquina"??? Tanto faz. mais que passar por louca eu nao vou.
    Beijos!

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