domingo, 30 de setembro de 2012

Pré-mestrado: check.

Ai, gente que divertido!
Tô aqui me entretendo com as milhares de possibilidades de coisas inúteis pra botar no blog. Vocês podem ver que eu coloquei a previsão do tempo pra Lausanne aqui ao lado, então vocês vão saber que eu estou exagerando quando eu falo que está frio. De fato, hoje não está muito frio, só chovendo pra variar. ¬¬

Eu também coloquei uma pesquisa aqui ao lado. ------------------------------------->

Então, respondam! Obrigada. u_u

Pra Alessandra que nunca consegue comentar no blog com o nome dela, eu habilitei essa opção em Anonimus. Veremos se vai dar certo.

Então, eu tinha prometido que ia contar como foi a seleção dos primeiros projetos de mestrado. Aqui na Suíça você faz 2 projetos. No primeiro, você escolhe o professor e mata os colegas pra ver quem faz o projeto com ele. No segundo, você escolhe 3 professores e manda seu currículo, faz entrevistas, etc. O professor escolhe o aluno nessa fase, então é bom ter um dinheiro guardado pro caso de necessidade de suborno acadêmico. A pegadinha é que você não pode fazer os dois projetos no mesmo laboratório, nem que os orientadores sejam diferentes.

Eu fiz duas opções para o primeiro projeto ("pré-mestrado", como eles chamam), como todo mundo. No dia antes do deadline pra inscrição nos projetos, os 60 alunos se reuniram numa arena pra lutar até a morte pelos laboratórios. Foi bem divertido. Tinha projetos com mais de 12 alunos interessados. Então as pessoas resolveram, em vez de se matar, fazer de um jeito muito mais justo, baseado em discussão, argumentação, cessão e concessão. Óbvio que não funcionou, então partimos para "quem tira o maior número nos dados" (um critério de seleção muito mais lógico ¬¬). Como o jogo de dados poderia levar décadas, a colega responsável pela organização imprimiu o nome de todos em papel e distribuiu. Ela pegou chapéu e disse: quem quer o projeto 1492 coloca o nome aqui e nós vamos sortear. o.o Tá, né. Eu esperei até um dos projetos que escolher ser chamado. Por sorte foi o terceiro. Essa era minha primeira opção de laboratório (ninguém queria porque eles pretendem fazer o 2º projeto lá). Outras duas meninas entraram no sorteio (era a segunda opção delas), mas eu consegui persuadi-las a ceder o projeto pra mim, já que era minha primeira opção (e com a sorte que eu tenho, ia ficar com o projeto de coletar cocô de abelha). Além do mais, se elas fossem sorteadas naquele momento, não poderiam concorrer à primeira opção delas. Elas caíram direitinho. Eu nem precisei dizer que tinha amigos no morro do Alemão. A parte ruim é que nenhuma delas foi sorteada para suas primeiras opções. Confesso que me senti um pouco mal por elas.

Depois de umas 3h sorteando os nomes, ainda tinha umas 20 pessoas sem projeto, que não foram sorteadas para nada. Teve uma amiga minha que chegou até a 9ª opção para ser sorteada. Por sorte nós tínhamos 80 opções para 60 estudantes, então no final foi uma correria de quem gritava o número do projeto primeiro e colocava na lista. Tudo muito organizado. Fico imaginando como é na Itália. 

Agora, pensem comigo. Essa baderna foi pra o pré-mestrado, um projeto de 2 meses, sem muito comprometimento. Quando for pro mestrado mesmo, vai sair sangue.
Por essa razão, eu resolvi tentar sair da multidão e arranjar um projeto com um professor que não está na lista. Mandei um e-mail e ele não me respondeu, então eu viu invadir o laboratório dele, bem cara de pau. Quem me conhece da UFSC, USP e UNIFESP sabe que eu adoro fazer isso. Bem, na EPFL não é bem assim. Por pouco não foi expulsa do centro de pesquisa. Precisa de cartão magnético pra tudo naquela universidade, nenhuma porta de abre sem ter suas digitais antes. Então eu tive que agir como uma pessoa normal e ir na recepção. A tia perguntou quem eu era, o que queria, com quem queria falar. Eu falei que queria visitar o lab do prof. Lingner e ela perguntou se eu tinha horário. "Hum... bem, eu mandei um e-mail...". Pelo menos ela resolveu ligar pro cara, mas eu já estava levantando acampamento porque no-way o cara ia me receber. Ele provavelmente nem tinha lido meu e-mail. Para minha surpresa, ele resolveu deixar eu passar. 
Ele estava meio perdido, no meio da aplicação para um financiamento. Ele não lembrava meu nome, mas perguntou se eu era a menina de Cingapura. Foi bem perto. O prof. de Cingapura foi quem me recomendou  esse professor na EPFL, então eu presumi que eles se conheciam de alguma forma. A conversa foi tipo "bla bla bla, nós não temos lugar, sinto muito, só estou te recebendo porque... sei lá porquê. Conversamos de novo quando eu voltar de uma conferência, quem sabe. Mas não deixe de procurar outro lugar. Obrigado por vir, eu entro em contrato. Tchau."
Bem assim. 
Fiquei meio desaminada, sabe como é. Os outros professores também não responderam meus e-mails. Estava num beco sem saída. 
Mas ontem, finalmente eu recebi um e-mail dele marcando uma outra reunião para daqui a 2 semanas. Certo que o professor de Cingapura mexeu uns pauzinhos. :D

Beijos!
(e não esqueçam de votar)

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Sobrevivendo à burocracia

Aqui estou eu, sentada e comendo do meu pote de Nutella. Eu juro que não vou mais comprar Nutella nesse país. Minha alimentação se reduz a praticamente Nutella e massa (não ao mesmo tempo, que fique bem claro). Mas é tão bom... 
Então, estou tendo uma semana super estressante. Primeiro porque foi difícil realmente conseguir meu acesso ao sistema da UNIL. Minha senha era pra chegar segunda. Só chegou hoje (quinta). Por isso, tive que ir na universidade pegar a senha pessoalmente na terça. Pelo menos eles não tinham inventado um feriado nem nada pra não me atenderem dessa vez. 
Segunda eu fui fazer minha permissão de residência (naquele lugar que fechou 1 minuto antes de eu pegar a senha). Eu pedi um papelzinho dizendo que eu já tinha pedido a permissão (já que a permissão chega entre 3 semanas e 3 meses, segundo o tio que me atendeu. No meu caso, provavelmente 3 meses porque eu tenho muita sorte). Sabe quanto era o atestado numa folha de papel reciclada bagaceira? 30 francos. Sério. Depois de eu ter pagado 150 por um formulário roxo. Esse é o tipo de coisa que eu esperava no Brasil, não na Suíça. Recusei o atestado. Tenho mais onde investir minha bolsa-miséria.
Saindo do escritório da administração, sob a chuva torrencial que está "alegrando" nossos dias desde sábado passado, esbarro em ninguém mais que Isabelle, a menina Suíça que estava comigo no lab de Cingapura. Que mundo pequeno! 
Ela me convidou pra tomar um café e ficamos conversando boa parte da tarde. Contei de todas as minhas desventuras burocráticas e sobre como eu fiquei perdida várias vezes sem uma alma pra me ajudar em inglês. No final do que deveria ter sido uma hora de trajetória, ela sorriu e disse "Bem-vinda à Suíça!". ¬¬ 
Agora eu fico imaginando como deve ser a Itália...
Meu, começou a chover pra caramba nesse momento! Só porque eu tenho que ir no banco e no correio. Sorte. T_T
No dia seguinte (terça) fui passear pela EPFL (outra universidade de Lausanne), já que tinha perdido minha aula mesmo indo pegar a senha da minha conta. Eu fui encontrar uma amiga do Anderson (um dos meninos que foi comigo pra Cingapura) na cafeteria. Como eu não tinha um mapa e a EPFL é uma selva de pedra totalmente desabitada, eu me perdi um pouquinho. Não é que me perdi, mas eu não sabia se estava no lugar certo. Em geral, o número de placas é zero (na EPFL tinha 2 placas com informações, uma na entrada e outra nos fundos). Os prédios são vazios, não há som de nada, ninguém. Tudo quieto. Por isso eu também achei que estava no prédio errado no primeiro dia de aula. Não era possível aquele silêncio de cemitério num corredor onde teoricamente existem 60 alunos de mestrado. Não era possível, mas era verdade. As pessoas são muito quietas e fantasmagóricas aqui.
Então essa menina, a Rosália, é muito querida! Sério, um amor de pessoa! Pena que ela está indo embora nesse sábado. Sorte². 
Mas o amigo dela, que se junto a nós na cafeteria, também é muito gente fina. Vamos ver se conseguimos fazer uns hiking e tal. Ele me convidou pra ir nesse domingo, mas estou atolada em coisas pra fazer. Está sendo realmente uma semana muito estressante.
Eu me estresso por vários motivos, mas principalmente por antecipação. Resolvidos os problemas do projeto do pré-master (que merece um capítulo aparte), tenho agora que arranjar um orientador de mestrado. E eu estou me estressando com isso. Já não sei mais em que área quero fazer o projeto (até porque desisti de Imuno e Câncer, tem muita aula inútil), os professores não respondem aos e-mails, tenho prazo pra escrever o projeto e nem sei em que departamento vou querer fazer e se vão me aceitar. Um professor que tem um projeto tri legal já me disse que não está mais aceitando estudantes... Pô, são só 8 meses! (no meu caso, vai ser um pouco mais, mas ele não precisa saber agora) Não vai fazer tanta diferença! Mão-de-obra barata (ou de graça)!
E temos que fazer várias inscrições online até dia 14, só que eu não sei direito o que tenho que fazer, já que está sempre tudo em francês. x.x  Descobri qual era o botão "delete" da pior forma possível...
Também temos que apresentar 2 papers em grupo (o que é horrível. Se não fôssemos 60 ia ser melhor fazer individual), com deadlines pra mandar os artigos, escolher os grupos ou duplas, etc. Muitos prazos e pouca informação.
O Alface continua bem. Incrivelmente. o.O Hoje ele trouxe salada de almoço. Não seria canibalismo? O.O
Nós também trazemos almoço todos os dias. Os preços são muito altos aqui pra uma refeição. Olha o Clube da Massa aí:


A parte boa da semana foi que eu finalmente consegui acessar minha conta da UNIL, não estou mais ilegal no país (exceto pelo plano de saúde, mas eu não pretendo ficar doente essa semana) e fiz uma conta corrente. No Correio. É, abri uma conta no correio. Eu precisava pra logo, já que tinha até dia 25 pra mandar meus dados pra universidade (soube graças ao cara da RI que me mandou um e-mail dizendo "então, tu tem que mandar até hoje" e eu queria matá-lo). Também porque o correio não pede a permissão de residente pra abrir conta (aquela cujo atestado era 30 francos). E é de graça. O problema é que só posso tirar dinheiro nos correios. Mas é só temporário. Quando eu tiver algo pra colocar numa conta de banco eu abro uma conta real. XD

Beijos!

sábado, 22 de setembro de 2012

Mas estão metendo a faca mesmo!

Ah! Quase infartei agora! Fui comprar minhas passagens pra fazer um curso na Itália e me assustei com o preço das coisas. Eu não estava muito preocupada, já que com cerca de 100 reais eu comprava uma passagem de ida e volta. Porém, eu não contava com os R$ 610 de taxas (de aeroportos e etc)! Que é isso, rapaz? Nenhum vivente consegue viajar com um negócio desses! 
Então eu fui comprar passagens de trem. Alguns amigos muito queridos me ajudar por e-mail e comentários muito úteis no facebook, agradeço imensamente. ^^
Porém, as passagens de trem são ainda mais caras. Cerca de R$ 400 cada via, sendo que as viagens duram entre 9 e 12 horas. Aí também ninguém merece!
Então eu fingi que eu era uma pessoa rica e comprei as passagens de avião pela Air France (tá que a empresa está a beira da falência, mas isso não tem importância agora - desde que os voos de novembro não sejam cancelados). Aparentemente agora eu vou ter que conseguir liberação do laboratório pra viajar, mas foda-se: Eu vou pra Itália! \o/
Pobre é foda, né! Consegue um bico pra passear pela Europa e fica que nem pinto no lixo. Vergonha...

Enfim. 

Recebi uma mensagem do cara que eu tinha conhecido no hostel semana passada (aquele que me ajudou a carregar as malas e pegou um taxi comigo depois que eu descobri que ele seria meu vizinho). Pra contextualizar vocês, estou super-entediada, está chuviscando, a internet está tendo altos e baixos (mais baixos que altos...), meu fone de ouvido estragou (e sério, tem coisa pior pra deixar a gente estressada?) e eu estou há horas postergando a limpeza que eu tenho que fazer no banheiro. Por isso, aquela mensagem de texto foi um total alívio pro meu desespero. Por pouco tempo. A mensagem dizia: "Ei, por acaso tu tem um ferro de passar roupa pra me emprestar? :D". É sério isso? Não... é sério mesmo? Eu achei que ia finalmente ter companhia pra dar uma volta no lago...
Homens.

Então eu resolvi olhar alguns filmes. Pra quem ainda não viu "A rede social", recomendo muito! Tudo de bom! "O ditador" é uma comédia idiota, tem que estar no humor certo pra gostar, mas parece bem divertido. "Amigos com filhos" é interessante. Diferente, mas um drama da vida real, abordando os problemas que nós sempre tentamos evitar (casar, ter filhos, amizades coloridas, etc). Mas eu gostei. Que mais? Ah, aquela série "Missing" está ficando boa. O melhor é que só tem 10 episódios (também, duvido que conseguiriam fazer 8 temporadas de uma mãe tentando resgatar o filho. Acho que as pessoas iam simplesmente desistir de olhar e torcer pro guri morrer no final). Deixando claro aqui que todos os filmes foram alugados ou baixados de redes seguras que reservam os direitos autorais. u_u 
(aham, sei. Torrent rules <o/)

Ah, comprei um pote de 1 kg de Nutella por 5 francos. Morra de inveja, mãe! 
(daqui a pouco ela vai me mandar uma foto de um prato de negrinho de colher por e-mail. Vingança maligna. Aguardarei.).

Beijos personas!


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Depois eles fingem que não sabem o porquê.

Me estressei. Várias vez. Essa semana toda e semana passada também. Estou de saco cheio dessa burocracia estúpida que têm nesse país, onde ninguém sabe usar o sistema e, quando aparece qualquer mísero problema que não está no protocolo grudado na parede, as pessoas simplesmente te ignoram.
Desde semana passada, estou tentando entender por que eu ainda não tinha recebido meu acesso ao sistema da universidade. Fui no serviço das relações internacionais (RI), que é onde estão as pessoas responsáveis pela minha inscrição. Só o fato de eu ter que ir até lá já é uma merda, já que é longe pra caramba de onde eu tenho aulas. Elas me disseram pra ir no serviço de informática pra ver meu e-mail da universidade. Caminhei por quase meia hora pra chegar no lugar. 
Lá, eles disseram que eu não estava no sistema, apesar de eu ter um atestado dizendo que eu estava registrada e inclusive meu número de matrícula no sistema. Eles me mandaram pra secretaria de matrícula, que era ao lado da RI, onde eu estava anteriormente. 
Cheguei lá (caminhando meia hora de novo) e me disseram que o problema era com a escola de medicina, que provavelmente não tinha homologado minha inscrição. A escola ficava há quase 1h de trem do campus central, então eu resolvi ligar. Claro que ninguém sabia falar inglês, então não deu certo. Um rapaz da secretaria de matrículas resolveu me ajudar e falou com eles em francês (já devia estar com pena de mim de tão suada e cansada que eu estava). A escola disse que no sistema deles eu estou matriculada, então o problema deveria ser no centro de informática, de onde eu tinha recém vindo. Expliquei a situação e me disseram pra voltar na RI e pedir ajuda. O cara de lá disse que provavelmente o sistema estava desatualizado e no próximo dia estaria tudo certo. Só que não ficou nada certo no outro dia, então eu voltei lá, fui empurrada para vários lugares durante 4 horas, não tive sucesso nenhum, desisti e fui pra casa mandar uns e-mails. Mandei e-mails pra praticamente toda a universidade. Ninguém sabia qual era o problema e me empurravam pra secretaria seguinte. Essa semana fui pessoalmente na escola de medicina, só pra ouvir que eles não tinham nada a ver com a história. Peguei 1h de trem e voltei pro campus. Fui na secretaria de inscrições e eles disseram que poderia estar faltando um documento (mesmo que eu já tivesse entregue todos). A questão é que eles estavam esperando as outras pessoas entregaram seus documentos para processar tudo junto. Mas eu precisa de acesso IMEDIATO à minha conta. Eu tenho temas de casa, leituras pra fazer no final de semana, tenho que escolher um paper pra apresentar até segunda, sendo que eu nem consegui ver as opções ainda, sem falar que tenho até quinta pra submeter meu projeto de pré-mestrado (mas eu ainda nem consegui ver quais orientadores estão disponíveis!), e eu preciso pegar as aulas online!
E tem mais: eu tenho até quinta-feira que vem pra fazer um plano de saúde suíço, mas para isso eu preciso:
-ter uma conta num banco suíço. Pra isso eu preciso:
-ter uma permissão de residência na Suíça. Pra isso eu preciso:
-do meu cartão da universidade validado. Pra isso eu preciso:
-do meu acesso online ao portal da universidade. Para o quê eu preciso:
-estar matriculada!

Então, estou com grandes problemas.
Nessa semana eu fui TODOS os dias no campus central da universidade, que leva 1h de trem e várias horas caminhando pelo campus enorme atrás das secretaria que eles me mandam. E ninguém resolve meu problema. 
Ontem eu sentei na secretaria de RI e disse que só ia embora quando alguém resolvesse meu problema. Finalmente o cara responsável por mim resolveu ir comigo pra secretaria de matrícula, que era pra onde ele sempre me mandava, que em seguida me mandava pra centro de informática, que me mandava pra escola de medicina, que me mandava direto pra RI de novo.
Lá ele ficou conversando uma meia hora com a diretora de matrículas e com o responsável pela pós-graduação da universidade. Resolveram que eu tinha que trazer meu diploma de novo. Agora. Peguei o trem, fui pra casa, peguei meu diploma e voltei. Eles colaram um pequeno adesivo no meu diploma e era isso. Teoricamente. Eu deveria receber até hoje de manhã minha senha de acesso. Claro que eu não recebi.
Mas enquanto isso, eu precisa me legalizar no país. Ganhei um atestado de matrícula e hoje fui no controle de habitantes fazer meu cadastro pra poder abrir a conta no banco, pra fazer meu plano de saúde, pra não ser expulsa do país. 
Cheguei lá, peguei uma senha e vi que tinha vários formulários disponíveis pra preencher, todos de cores diferentes. Tinha um formulário branco escrito "RECÉM CHEGADOS". Me pareceu muito óbvio que ela aquele. Esperei mais de uma hora para ser atendida. Chegando lá a mulher me disse que pra mim não era aquele formulário, era um outro que nem estava lá (será que é especial pra brasileiros?). Ela me deu e disse pra eu preencher e pegar uma senha de novo. ¬¬
O negócio tinha 12 páginas! Preenchi e fui na máquina pegar outra senha. Mas a senha não saía! Que droga! Fiquei lá destruindo a maquininha até que uma mulher me disse que só davam senhas até as 4h30. Eram 4h31.  Eu queria matar alguém! Tentei ser atendida sem senha pela mesma mulher de antes, mas ela não aceitou. Que ódio mortal! O problema é que esse era o último dia livre que eu teria pra fazer essas coisas, depois eu tenho aulas até as 6h!
Então, como é sexta-feira, eu tenho várias coisas pra fazer no final de semana pelo sistema da universidade e eu ainda não recebi minha senha do portal, peguei o trem e fui pra universidade tentar resolver de vez o problema. Cheguei lá às 5h34, mas não teria problema já que as coisas fecham às 6h. Só que o centro de informática fecha às 5h30 nas sextas. Eu não acreditei. Não mesmo. 
Respirei fundo e fui pelo menos desbloquear me cartão da universidade. que agora já devia estar no sistema. Eu preciso do cartão pra usar amanhã pra comprar uma passagem de trem pela metade do preço. Coloquei meu cartão na máquina e ela imprimiu uma tarja enorme escrito "Pré-matriculado", que era exatamente o que não era pra acontecer. Isso significa que não estou matriculada e meu cartão foi bloqueado de vez. Agora tenho que fazer um novo! Levar todos os documentos, fotos e etc DE NOVO x_x Eles me disseram que isso poderia acontecer se eu tentasse desbloquear meu cartão antes de quarta-feira, mas já era sexta! Peloamordedeus.

Sério, depois as pessoas não sabem  porquê, elas não fazem A MENOR IDEIA do motivo pelo qual os estrangeiros explodem bombas nos trens e derrubam aviões na Europa! Eu sei. u_u

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Na boa, ninguém me contou que tinha que falar francês.

Alguém aí quer me dar algumas aulas de francês por skype? Estou passando a maior perrenha aqui com essa coisa! Sabe o que é ir no mercado e não conseguir perguntar onde ficam os cereais? Tentar comprar um cartão de metrô sem conseguir entender quais as opções de preço e de região? Imagina se eu tiver que ir ao médico ou comprar um remédio? E não, não é só fazer "biquinho" e inventar alguma coisa misturando inglês e italiano (eu tentei).
Todas as pessoas com quem eu falei me disseram que "é Europa. Todo mundo fala inglês". Vai nessa. ¬¬
Parece que o "desenvolvimento europeu" não passou por aqui.
Mas eu continuo dando uma de brasileira pela cidade: paro nas faixas de segurança porque acho que os carros vão me atropelar, atravesso da mesma forma fora da faixa de segurança, fico procurando os lixos nos banheiros para colocar o papel higiênico, ando na contramão das calçadas (eu ainda não entendi a dinâmica do pedestre aqui em Lausanne), saio e entro das plataformas de metrô pelos lados errados, esqueço de comprar queijo e chocolate no mercado, etc. O melhor foi eu tentando entrar no metrô pela primeira vez. Ao contrário dos outros lugares, aqui quem está na plataforma tem que apertar um botão na porta do trem quando quiser entrar. Eu, pobre subdesenvolvida, não tinha a menor ideia disso. Eu sempre corria quando alguém abria uma porta do trem pra entrar ou sair. Fiquei tentando ver se havia algumas portas específicas que abriam somente em algumas estações. Eu custei pra perceber aquele botão minúsculo na porta. Juro que eu achei que fosse um botão de parada de emergência, quando alguém fica trancado na porta. Nos trens de Cingapura tira uns botões muito parecidos, mas quem apertasse sem um motivo plausível pagava 5 mil dólares de multa. Como a explicação do botão estava em alemão suíço, eu resolvi não brincar com a sorte. Então eu vi as pessoas apertando esses botões e as portas se abrindo. Tã dã! Tem algumas estações nas quais as portas continuam abrindo magicamente. Ainda não descobri como acontece. Aguardem. 

Nesse final de semana eu fui dar uma caminhada no parque perto do lago. Tinha muita gente lá, tipo aqueles parques de filme, com as pessoas jogando bola, fazendo piqueniques, caminhando com os cachorros, etc. Tem alguns lugares do parque em que os cachorros podem ficar soltos sempre. Em outro lugares eles só podem estar fora das guias entre 1º de outubro e 28 de fevereiro. o.O Em outros eles devem estar sempre de coleiras. Será que a regra também vale pras crianças? Vou verificar (nota metal).

Ahhh, a internet caiu. ¬¬ Ótimo. 
Sabe como eu descubro que a net caiu antes do google salvar meu rascunho do blog? O movimento das pessoas pela casa e pelo jardim. Se elas começam a caminhar pela casa, ir ao banheiro, lavar a louça, sair pra tomar um sol, checar a correspondência ou levar o lixo pra fora, pode ter certeza de que a internet não está mais funcionando. Eu me pergunto se a administração faz isso de propósito pra promover a saúde dos estudantes. o.o O problema é que pode demorar mais de 10h pra voltar! Oremos. u_u

Hoje fui na universidade pegar meu cartão de estudante!
Ele é bem bunitu, com o desenho de uns neurônios!
Bem que as universidade brasileiras podiam copiar a ideia.

Admita: Você vai se matricular só pra ter um cartão assim!

Hoje fomos num seminário do departamento de metabolismo (Sim, isso existe aqui. o.O) conhecer os projetos dos grupos de pesquisa. Tem umas coisas muito doidas. Num deles o aluno de mestrado que entrar será responsável por fazer as biópsias musculares nos voluntários da pesquisa. Nunca fiz uma biópsia dessas, mas não deve ser algo que um aluno aleatório deveria fazer. Minha opinião. (Estou realmente pensando em entrar nesse projeto \o/ Deve ser divertido!)
Outro grupo trabalha com 5 modelos de camundongos transgênicos bem legais. Claro que o Alface perguntou se o aluno teria que produzir os camundongos geneticamente modificados, como se não levasse 2-4 anos pra fazer cada um. X_X A professora só riu da pergunta, nem se deu ao trabalho de responder. 

Aeeeee! A Internet vive!
Vou publicar isso antes que entremos nas trevas novamente.

Beijos e bom feriado!
Pati.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Conheça meu mais brilhante colega: Alface.

Primeiro dia de aula do mestrado e eu me senti como no meu primeiro ano na pré-escola. Obviamente eu não dormi à noite, muito ainda por causa do fuso horário, mas também por falta de travesseiro, calor/frio alternados, pessoas destruindo o apartamento ou cozinhando à meia-noite, fome (às 3h da manhã) e, claro, um pouco de nervosismo porque eu não sabia se ia ouvir o despertador tocar (não tive problemas já que alguém acordou às 6h pra cozinhar seu almoço).

Então eu levantei às 6h50, me arrumei e levei 1h pra chegar no local das aulas. Claro que demorou mais que isso porque eu me perdi no campus e ninguém falava inglês pra me ajudar. ¬¬
Eu tenho uns 60 colegas. A classe estava cheia, consegui um lugar muito no canto pra sentar.
O professor da primeira aula também era o diretor do curso de mestrado, então ele começou com todo aquele blá blá blá, explicando como ia ser, o que eles esperavam de nós, como 35% dos alunos reprovam no primeiro ano, etc. No final ele fez aquela pergunta básica sobre se alguém tinha alguma pergunta, deixando claro que "não existe pergunta idiota". Alguns dos meus colegas entenderam essa afirmação como um desafio. Cada pergunta retardada! Mas o campeão foi um colega sentado na segunda fileira. Não vou colocar o nome dele aqui porque o Google Tradutor realmente funciona. Vamos chamá-lo carinhosamente de "Alface".
Ele fez umas 40 perguntas (levou 2h). Parei de contar depois da 12ª. Enquanto ele falava eu queria me matar (ou matá-lo). Por exemplo:

"A gente pode escrever os projetos pessoais de mestrado em dupla?" Por quê não? Quem sabe daí a gente pode fazer o doutorado em grupo!

"Se as provas são logo no início de janeiro, a gente vai ter que ficar estudando no feriado (entre Natal e Ano-Novo)?" Só se você quiser passar.

"A gente precisa comprar os livros ou podemos baixar da internet?" Claro que pode! ^^ Só que é ilegal.

"Eu preciso copiar os slides?" Eu não acreditei quando ele perguntou isso.

"Na ultima aula de quinta-feira (que dura 1h15) eu vou precisar sair 1h mais cedo. Tem problema?" Quem sabe tu nem vem?

"E se eu não gostar da minha nota? O que eu faço?" Estuda mais na próxima, animal...

"Tem que apresentar os seminários em inglês também?" Não, acho que todo mundo aqui é fluente em árabe.

"Podemos fazer desenhos nas provas pra explicar melhor?" Só se for com giz de cera! ^^

"A gente vai poder escolher a matéria da prova surpresa?" Meu deus.

"Vai ter chamada?" Clássica.

"A dissertação de mestrado vale nota?" O que esse cara tá fazendo aqui?

Logo depois: "Então quer dizer que, se a gente não entregar a dissertação, não termina o mestrado? o.O" Minha reação:

[palmas, escola[2].gif]
Pelo menos ele entendeu alguma coisa.

Vai ser um semestre no mínimo interessante.
Vamos acompanhar.

Beijos a todos!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Era uma vez um lugarzinho no meio do nada.

É bem assim. No meio do nada. Não só o lugar onde eu estou morando, mas a cidade toda. Vocês acreditam que eu tenho que ir até o final da linha de metrô pra ir ao supermercado? Vocês acreditam que só tem 2 supermercados na cidade? Eu não acreditei! Que absurdo! Além disso, a cidade vive de restaurantes. Quase não há lojas de roupas, bugigangas, coisas para casa, etc. Eu ainda não achei UMA só loja que vendesse travesseiros, nem material escolar (preciso de um caderno, eventualmente). Perguntei pro pessoal da casa onde eu poderia comprar roupa de cama (outra necessidade, já que as camas são mais compridas aqui) e parece que temos que ir pra outra cidade, de trem, pra comprar essas coisas. Affe. Muito terrível. Parece que vou ficar mais uma semana sem travesseiro. T_T

Tudo fecha na cidade aos domingos e feriados. Ontem, por exemplo, foi um horror. A internet não estava funcionando e não havia um mísero café aberto pra gente se distrair. Então as pessoas ficavam perambulando pela casa, como uns zumbis que não aguentavam mais o tédio ou dormir. No final da tarde, eu e a Fatma (menina da Tunísia que não fala inglês muito bem) fomos caminhar na beira do lago. É muito lindo, cheio de árvores, banquinhos, gramados e... patos. Por que as pessoas aqui têm que deixar esses bichos soltos pela cidade?! Peloamordedeus. Nós sentamos num pier pra observar a vida e os patos vieram nos expulsar! Imaginem a cena: duas pessoas sendo atacadas por um bando de patos... Ninguém merece.

Antes dos patos nos atacarem.


Pra piorar, um indiano muito sem noção veio jantar com a gente (só que somente eu e a Fatma estávamos em casa). Ele cozinhou uma coisa indiana e esperava que a gente cozinhasse algo da nossa cultura. Problema 1: tudo estava fechado e eu não tenho exatamente um estoque em casa. Problema 2: Ele realmente esperava que eu fizesse churrasco no apartamento? Problema 3: Aparentemente só ele sabia que a gente ia ter que cozinhar também. Resultado: ficou uma situação muito chata. Nós só tínhamos pão em casa. E presunto. Ele era vegetariano, então ficou discursando sobre como carne faz mal pra você. T_T E ficou basicamente falando sobre ele. Sobre como ele era inteligente e de uma classe social alta na Índia, que ele respeitava muito seus pais e seus professores (quem não?!). Ele também ficava, de vez em quando, perguntando coisas pra mim e pra Fatma. Bem, mais pra Fatma porque depois do discurso sobre vegetarianismo ele me perguntou o que a gente gostava de comer no Brasil e eu disse: "Carne. Churrasco. E muita carne. Preferencialmente de vaca. u_u". Depois disso ele parou de me encher. Que cara chato! Conseguimos nos livrar dele depois de umas duas horas.

Hoje de manhã (é feriado aqui) acordei com alguém destruindo o apartamento. Como uma pessoa consegue fazer tanto barulho? O agravante é que meu quarto fica bem ao lado da cozinha e da sala. E da porta de entrada do prédio, então as pessoas chegam bêbadas à noite e ficam gritando na minha janela madrugada a dentro. Acho que por isso que preciso começar a fazer umas sessões de meditação. Ficar um pouco mais zen com essas coisas. A propósito, tem um blog muito legal sobre meditação, organização, autoconhecimento, etc: http://ilhazen.blogspot.ch/
É da minha best, Ana, então entrem e sejam felizes.

Ai que fome! Pensando bem, eu tenho que cozinhar, então não estou com fome ainda...

Sábado no centro da cidade estava tendo um trote para os calouros de graduação da universidade. Eles ganharam coisas bizarras pra vender, como cortadores de unha rosas, camisinhas, livros do tipo Kama Sutra, batons verde, etc. Eles estavam muito desesperados pra vender essas coisas. Certamente estavam sendo ameaçados de morte. E os calouros brasileiros reclamam ainda...

Vou lá realmente cozinhar alguma coisa. Fazer o quê? Nem o McDonalds está aberto (isso se tiver Mc nesse fim de mundo).

Beijos!


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Aterrissagem bem sucedida, Houston.

Meninas, vou dizer uma coisa pra vocês: quer homem bonito? Vem pra Lausanne! Meu pai que me perdoe, mas tem cada um! Nesses momentos é MUITO bom ser solteira (tá, nos outros também é). Ahhhhh.

Mas enfim.
Cheguei ontem à tarde em Lausanne. Peguei um trem do aeroporto (em Genebra). Um senhor brasileiro muito querido me ajudou a pegar o trem certo. As pessoas no trem também foram muito gentis, me ajudando a sair do vagão com minhas duas malas enormes (não sei como não abriram no aeroporto pra ver se não era um corpo. Ou dois). 
Como não estava chovendo, resolvi caminhar as duas quadras até o hostel. Parecia perto, mas ninguém me falou que eu tinha que praticamente subir os Alpes na última quadra! Tive que abandonar uma mala na esquina e subir com uma de cada vez. Cheguei suando lá.

O quarto era bem ajeitadinho, mas eu nem vi direito. Tomei banho e dormi umas 2h. O hostel todo era bem limpo (diferente dos de Cingapura) e estava cheio de gente chegando e saindo o tempo todo. O mais legal era que tinha uma caixa na cozinha que era de comidas que as pessoas abandonavam ao irem embora. Na primeira noite fiz uma massa com molho de tomates. No café da manhã tinha leite, pães, geléia, margarina, iogurte (na geladeira, claro) e meio cacho de bananas. Acho que vou passar lá todo dia pra fazer as refeições.
Não dormi muito bem à noite. Tinha um guri sem noção fazendo muito barulho no quarto o tempo todo e duas meninas que não paravam de tossir. Ótimo. 

No outro dia, peguei um taxi pra ir pra casa de estudante. Como eu estava no 3º andar do hostel com 2 malas pesadas, escalei um guri pra me ajudar a trazer as coisas pra baixo. No final, ele ia pra mesma casa de estudante que eu, então fomos juntos. Bem querido ele.

Abandonei minhas coisas no quarto e fui pra universidade (UNIL). Tinha uma palestra introdutória e depois pude conhecer vários colegas de curso. A grande maioria (90%) não é de Lausanne. Todos parecem bem legais, alguns meio loucos, outros perdidos como eu, outros antenados em tudo, se inscrevendo nos cursos, nos esportes, nas aulas de ioga... e eu com jet lag.
Falei com um professor (na verdade ele estava puxando assunto com as pessoas. Eu não ia conseguir iniciar uma conversa naquele estado) para o qual eu tinha mandado um e-mail há mais de um ano quando eu comecei a pesquisar os programa de mestrado da Suíça. Ele lembrou de mim. Sério, ele sabia de onde eu era e tudo. Que medo dessas pessoas.

A UNIL é linda! Mas também um pouco surpreendente. Eu ia bem feliz cruzando o campus quando eu tropeço em... ovelhas. Sim, ovelhas soltas pelo campus. A UFRGS tem cachorros, algumas universidades tem gatos, outras tem pombos. A UNIL tem ovelhas. Ok. Isso até não foi difícil de assimilar. Agora, uma coisa que eu não esperava eram as plantações de milho. Por todos os lados! Tipo "Ah, não tem nada pra por nesse quarteirão? Vamos plantar milho!". Certo. 
Além das plantações e dos gramados imensos, dava pra ver o lago de Genève e os Alpes ao fundo. Tão Lindo! *___*
Depois do almoço todo mundo foi sentar na grama (nos gramados cercados, onde as ovelhas não podem passear). O sol estava bem quentinho, mas fazia uns 18ºC. Eu super over-trouxe roupas de inverno. Acho que não vou usar um short. ¬¬

Bom, meu quarto é legal. Muito grande, na verdade. Pena que tem várias prateleiras abertas, onde não tem muita opção para enfiar coisas. Acho que vou comprar umas coisas e colocar minhas bugigangas nelas. O armário é assustadoramente pequeno. Só tem 1 prateleira de 1 metro. A parte de cima fica pra pendurar casacos e camisas. Vou ter que comprar uns cabides [nota mental].
Minha janela dá pro sol à tarde, o que é ótimo, já que esquenta o quarto pra noite. O outro lado do flat fica pra um campo de... mato. E tem trigo também.

Aqui, como na Alemanha, eles estão numa onde verde de que "mato" também é um ecossistema. Eu sei que é, mas não tenho certeza do quão importante/significativo ele é. Certamente não vai salvar as baleias no Japão. Daqui a pouco o Greenpeace vai começar uma campanha "Salvem as Joaninhas". Certo que sim. Aí vão justificar esse matagal todo. Pelo menos a gente vai poder deixar a grama crescer sem ser chamado de "relaxado".

Comprei meu primeiro chocolate suíço. Tão bom! Pra vocês, ó:

Beijos!

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O blog vai voltar!

É isso mesmo que você leu!
Depois de um período de total abandono que certamente me faria perder a guarda do blog se eu fosse casada, os posts começarão a sair com maior frequência. ^^
No começo talvez seja mais difícil, mas vou me esforçar.

Nesses últimos dias aqui em casa, com todas as regalias que só a profissão de "filho" pode nos oferecer, estou estudando em vez de relaxar. Não que eu não tivesse relaxado o suficiente, mas nunca é demais. Deve fazer bem pro coração. u_u
O fato é que tenho uma prova online pra fazer até o primeiro dia oficial de aula do mestrado. Vê se pode! Que universidade dá provas no primeiro dia?! Não pode ser gente muito certa.
A questão é que tecnicamente minhas aulas já começaram, desde o dia primeiro. Então, não posso reclamar (muito).

Vou admitir que estou meio nervosa com tudo isso. Vai ser bem diferente de ir pra Cingapura. Lá eu estava acompanhada por mais 7 garotos perdidos, o que é melhor que nada. Na Suíça tenho que mudar de casa no primeiro dia (ficarei num hostel antes de me mudar definitivamente), pegar um trem sei lá onde pra chegar em Lausanne (ainda carregando duas malas pesadas. Vai ser lindo). Depois tenho que desilegalizar minha presença no país, passar na universidade, fazer um plano de saúde, descobrir onde vou ter aulas, participar de umas palestras em algum lugar e aprender francês. Sim, estou um pouco nervosa.

Mas acho que o que me deixa mais angustiada é conseguir um lugar bom no avião. São 12h ou mais de voo, então não quero pegar um lugar ruim, com um gordo roncando do meu lado e uma velha que tem que levantar a cada 20 minutos pra ir ao banheiro. Affe. Ó, já me estressei. Respira.

Pelo menos eu sei que posso contar com vocês pra lerem sobre minhas desventuras e me mostrarem que podia ser pior. (Já pensou se um Kasim 2 resolve morar comigo ou me orientar? Peraí que vou jogar um sal grosso.... voltei).

Então é isso aí. Vou sentar na minha mala pra fechar o zíper.
Beijos!