sábado, 21 de abril de 2012

Pane no Metro

Foi isso mesmo, gente, pane no metro de Singapura! Acham que só no Trensurb dá problema? 

A pane foi no único dia em que ela não poderia ter acontecido: o dia da defesa de doutorado da Shuihui. Como eu não sabia onde era a defesa dela (a Universidade Nacional NUS é enorme) eu e mais uma penca de gente perdida íamos nos encontrar na estação perto da NUS e ir com uma das colegas que sabia onde era. Tinhamos que nos enontrar às 9h20 am. A linha do metro que entrou em pane foi a linha circular, entre 4 estações (bem as que ficavam entre minha pessoa e a NUS, obviamente). Claro que eu, uma cidadã totalmente informada da situação mundial, só descobri o pane quando dei de cara com uma placa no metro. Eles estavam oferecendo um sistema de ônibus pras pessoas, mas duvidei que poderiam dar conta dos 2 milhões de passageiros que usam a linha diariamente com uns busão. Como a linha é circular, resolvi pegar outra linha (a roxa, eles tem umas 8 linhas diferentes, incluindo suas ramificações) e usar a parte final da circular. O plano era perfeito: em vez de usar a linha no sentido anti-horário, eu pegaria um atalho e iria em sentido horário. Obviamente que as outras linhas "não-afetadas" do metro estavam entupidas de gente. E é incrível a capacidade dos asiáticos de se compactarem. Quando você acha que não cabe nem uma mosca, entra mais uns 20.
Claro que o plano não funcionou. A linha circular estava muito lenta no sentido horário também (já que os trens precisavam usar os trilhos na contramão pra continuarem a viagem) e a gente ficava parado uns 10 minutos em cada estação. Aí meus colegas do laboratório começaram a entrar em pânico porque íamos nos atrasar e a situação de cada pessoa foi sendo reportada por mensagens de texto:
-eu descobri que a Isabelle estava presa em Botanic Gardens, linha circular,
-Vithya estava na linha roxa,
-Vanessa presa na linha vermelha,
-Senthil na linha verde
Shawn teve a brilhante ideia de pegar ônibus (como os outros 5 milhões de cingapureanos) e estava num engarrafamento monstro perto da linha verde,
-Matias foi parar na linha verde também e depois não conseguiu trocar pra roxa.
-Wei Theng, com seus genes locais, ficou presa na linha vermelha mas, de alguma forma, ela chegou no horário.
-Laksmi e Sangueeta iam preparar um presente pra Shuihui, então elas chegaram no lab antes da pane.
-Kasim esqueceu de colocar o despertador de manhã e não viu nada do que aconteceu. Juntou-se a nós na hora do almoço, bem feliz.

Cansada de ficar naquele pesadelo do metro, resolvi voltar pra linha roxa e encontrar Vithya (mais um parto pra conseguir voltar). Tentamos pegar um taxi, mas não havia mais nenhum disponível e a fila estava gigante. Enfim, o google nos salvou: pegamos um ônibus e chegamos na NUS, encontrando alguns perdidos por lá também (que tinham conseguido pegar ônibus também).

Chegamos 15 minutos atrasados na defesa (porque saímos mais de 1h antes do necessário de nossas casas). A defesa foi incrível. A guria é um gênio, dá até medo. 
Depois fomos almoçar, estava delicioso! Massa aos 4 queijos com bife de frango grelhado. Pra beber, chocolate com chantili. Sobremesa: sorvete de baunilha. Ah, deu até fome agora.

No meio da tarde fizemos outra festa, dessa vez na sala de convivências do prédio do lab. Foi um dia totalmente perdido, não tive tempo de fazer praticamente nenhum experimento, mas a causa foi boa. Pedimos pizzas, tinha bolo, sorvete, muita coca... deus amado. Saí rolando naquele dia. Eu e o Matias, por sermos da América do Sul, fomos desafiados por Shawn e Vanessa para uma partida de pebolim (futebol de mesa). Américas 10 x Cingapura 8. Foi sofrido. Depois demos a chance de uma revanche no bilhar. Minhas habilidades não ajudaram, mas as do Matias atrapalharam. Ele vivia encaixando a branca ou errando qualquer bola (assim os outros tem direito a duas tacadas). O Shawn e o Matias não marcaram nada. Da próxima vez, combinei com a Vanessa que faremos meninas versus meninos. Tá no papo. Mesmo assim, nós ganhamos de novo. Isso porque a Vanessa fez dois pontos contra! Foi muito divertido!

E ontem, recebi um protocolo em alemão do meu orientador. Que medo. Vou tentar traduzir e fazer tudo segunda. Veremos o que acontece.

Beijos!

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