terça-feira, 17 de abril de 2012

Caminhada e Novos Alunos

Olá, leitores!

Esse final de semana foi cheio. Tanto que nem deu tempo pra eu atualizar o blog.
Sábado de manhã fui numa caminhada que teve num parque da costa leste de Cingapura. Era uma caminhada em duplas, sendo que as pessoas andam de mãos atadas. Por isso, arrastei a Cris comigo. Acabei encontrando um monte de conhecidos lá (medo quando você encontra conhecidos na Ásia. Achei que isso nunca fosse acontecer).
Para participar, pagamos $8 e ganhamos uma camiseta muito legal (vide fotos), com um tecido super gostoso e high-tech (eu esperava uma camiseta transparente de tão bagaceira), uma caneca personalizada, uma sacola/bolsa e as pulseiras pra gente se atar na caminhada. No final eles sortearam umas entradas pra Universal Studios e uma viagem pra Tailândia. Claro que eu, um poço de "sorte", não ganhei nada.
Antes da caminhada teve ginástica, durante teve balões, distribuição de água e lenços (eles adoram lenços. Tem uma lenda de que a amiga da Wei Theng se separou do namorado porque ele se recusava a carregar lenços na mochila), e no final ganhamos um isotônico bem gelado, água gelada, bananas e maçã! Fazia tempo que eu não comia umas frutas boas assim. 
Eu e a Cris fomos entrevistadas pela TV também. Somos famosas agora. (ou não...)
Depois de descansar um pouco, fomos almoçar.



A tarde fui me preparar psicologicamente pra festa do laboratório. Eu realmente achei que fosse ser uma festa estranha, mas depois de umas cervejas todos pareciam os melhores amigos do mundo. Inclusive descobri que o Shawn, um colega do lab, tem uma voz maravilhosa (e que nas festas as pessoas chamam-no de "Justin" depois que nível de álcool no sangue aumentada). Ele realmente canta muito bem.
Na festa, conheci o Matias, novo IC do lab. Ele ficou aliviado de poder tocar em alguém sem medo de ser processado (até nos cumprimentamos com um abraço - e admito que também sinto saudades de abraçar as pessoas). Eu e outras duas colegas do lab trouxemos um montão de batatas fritas do McDonalds pra festa. Aqui você pode pedir batatas pra festa, com uns temperos diferentes em cima. E nem é caro. Um pacotão (que ainda sobrou no final da festa) foi $18. Também tinha salada, vários queijos e parma. Pra beber, um estoque infinito de coca-cola (além de vinhos, isotônico e cerveja). Que delícia. 
Me diverti muito (e pude usar as sapatilhas que foram presente da Rejane e o vestido+cinto que custou 12 dólares, mas não contem pra ninguém)! Dá pra conhecer as pessoas de verdade fora da bancada. Elas até são normais.

No dia seguinte, levei a Cris, o Matias e uma amiga do hostel pra praia de Sentosa (Athina). Tomei um torrãozinho, mas passou durante a noite (estou ficando imune ao sol UV15). O Matias não gostou da água: é muito suja (olha o argentino reclamando da praia... vê se pode!). Já a Cris amou a temperatura caribeana do mar. E ainda encontramos uma estrela-do-mar!
O dia foi ótimo, já que não tinha muita gente passeando na praia (é muito desagradável ver um monte de indiano andando de mãos dadas), mas ainda assim eu e a Cris sofremos com o assédio do paparazzi. O povo fica tirando foto da gente sem a mínima vergonha na cara.



Voltamos exaustos e eu capotei na cama antes da 9 pm. Só acordei na manhã seguinte, nem ouvi minha colega destruindo o quarto de madrugada. Que fase.

Já tão cansados? Então só mais um pouquinho.
Segunda conheci a outra estudante do lab, a Isabelle, da Suíça, mais exatamente de Lausanne. Ela me parabenizou pela bolsa de estudos e disse que eu vou amar o lugar (apesar do meu chefe ficar dizendo que eu não duro um mês lá. Acho que ele só quer me assustar. Espero...). Ela fala italiano e francês, incluindo um inglês muito bom. O Matias vai sofrer um pouco mais com o inglês, mas nuns 2 meses ele pega o jeito.
É bom ter pessoas novas no lab. Eu sinto um pouco essa coisa do relacionamento asiático ser tão frio e afastado, com as pessoas focadas em seu sucesso profissional. É bom ter umas pessoas que, como eu, estão ali pra curtir a vida e pra aprender (apesar de o Matias já ter chegado com um papo de querer emendar o PhD sem nem antes ver se ia se dar bem com as pessoas ou gostar da linha de pesquisa. Além disso, é o chefe que te escolhe pro PhD, não você que sai se oferecendo. Argentino, né!). Também agora não me sinto mais na base da cadeia alimentar. Mas com todo poder, vem a responsabilidade. O chefe agora falou que é pra parar de coçar e dar o exemplo. Ele diz que eu só fico no computador o dia inteiro e que não faço nada no lab. Na verdade eu não gosto de mostrar os resultados negativos ou errados, mas ultimamente, é só o que tá dando. E o Kasim continua na TPM. Ontem ele nem me deu "oi", chegou me pedindo pra trocar o meio das células dele. Me ajuda, senhor! Mas tudo bem, vou ignorar essas crises de mau-humor constantes (ou tentar).

Vou parar por aqui, antes que vocês entrem em coma. Não que eu não tenha mais mil assuntos pra escrever, mas já me disseram que vocês odeiam posts muito longos. Estou tentando manter um tamanho razoável, em que vocês consigam ler tudo antes do chefe passar de novo pra dar uma checada no que vocês estão fazendo.

Espero que esteja funcionando.

Beijos!




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