quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

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Oi!

Eu abri uns parênteses no blog, Perdidos em Cingapura, porque essa postagem é, na verdade, sobre o Brasil. Apesar de parecer loucura, eu voltei para o Brasil só pra minha formatura. Claro que eu também voltei por causa da festa, pra ver os amigos, apertar a família e matar a saudade da Clér, minha Cocker muito linda e maravilhosa.

Enquanto na vinda pra Cingapura eu gasto o equivalente a 3 dias, na volta eu praticamente cheguei antes de sair de Cingapura. É sério! Na verdade, de alguma forma, eu cheguei no mesmo dia. Me senti naquele filme “De volta para o Futuro”, mas acho que, nesse caso, seria “De volta para o passado”, sei lá. Só espero que essas viagens no tempo não acabem me desintegrando no final.

Cheguei muito sequelada em casa, depois de umas dezenas de horas dentro dos aviões. No último vôo longo (Qatar-SP) eu dei MUUUITA sorte. Peguei um assento na janela, numa parte do avião que só tinha 2 lugares por fileira. E o cara do meu lado foi embora depois que o avião decolou! Ah, fiquei tão feliz, vocês não imaginam! Depois de estar viajando dentro de caixas de fósforos, me senti dentro de uma caixa de sapatos! Dava pra tentar se deitar (eu era meio grande, mas no último caso eu me compactava e cabia ali mesmo), pra botar os pés em cima do outro banco, pra se esparramar, etc. Vi vários filmes, inclusive Invasores e uma série de filmes da Disney, como Rei Leão 1 e 2. A comida estava ótima, mas tinha umas refeições muito apimentadas. Fizemos sempre 3 refeições e 3 lanches. Agora eu peguei um vôo da TAM, mais longo e nós só ganhamos 2 refeições muito pobres e suco de laranja! Quase morri de fome! Gente sem noção!

Voltando, (literalmente) eu cheguei em casa e minha mãe tinha feito um brigadeiro gigante pra eu comer! Bah, muito bom! Mas eu estava cansada e fui direto dormir. Era de noite no Brasil, mas de dia em Cingapura, então tive problemas pra descansar de verdade. Acordei às 4h morrendo de fome e tive que atacar a geladeira (e o brigadeiro, mas isso fica entre nós). O mesmo se repetiu nas outras noites. Cheguei a comer feijão de madrugada. Ah, e como é boa a comidinha do papai e da mamãe! Arroz com sal, feijão que não é caramelizado, BIFE de verdade! Nossa, que saudades. O que eu não tinha engordado em 45 dias na Ásia, engordei num fim-de-semana em casa...

Bom, terminamos os últimos preparativos pra minha formatura, como o vestido e etc, nada muito importante. Eu estava nervosa na cerimônia, não tinha ido aos ensaios e não sabia o que fazer e pra onde ir. Graças a deus eu tenho uns amigos me empurrando e me cochichando o que fazer.

Correu tudo bem na formatura. Fotos, beijos, abraços, etc. Depois fomos pra festa. Estava muito legal, música ótima e, o mais importante, muita gente que eu amo estava lá. Obrigada pela presença e, praqueles que não puderam vir, sei que foi por um bom motivo (ou por preguiça). Adorei também os comentários sobre o blog! Agora eu aviso que estou encerrando minhas atividades no blogger, já que ouvi muito comentários do tipo “me mato de rir”, mas isso não vai ser bom pra mim aqui em Cingapura. Não quero ser cúmplice de suicídio.

Pensando bem, dane-se. A partir de agora, ao acessar o blog você concorda com os termos e condições que me isentam de qualquer crime relacionado a suicídio ou morte por engasgamento com a própria saliva (vulgo, baba). Obrigada.

(x) aceito.
(x) continuo aceitando porque não tenho opção.

Voltando, no outro dia fui visitar a Mary (e a Nina, consequentemente, minha quase afilhada vira-lata)!
Antes de eu piscar já estava dentro do avião de novo. Como pode? Que absurdo! O tempo voa quando a gente se diverte. Fui com a TAM pra Alemanha (porque é quase no caminho – só 10 mil km ao norte...), a comida é ruim, mas, ainda mais preocupante, ESCASSA. Quase morri de fome e de tédio (o entretenimento abordo era tão ruim que eu não me surpreenderia se o Domingão do Faustão fosse uma opção). Mas, não tinha ninguém do meu lado no vôo!!!

Em Frankfurt, quase morri de frio. Estava -1ºC! Que bom que eu “peguei emprestado” o cobertor da TAM, já prevendo essa situação (fica entre nós). Levei umas 2 horas pra achar meu portão de embarque. Tive que pegar um trem (sim, um trem) pra chegar ao outro terminal. Lá, descobri que todas as coisas legais do aeroporto estavam no terminal em que eu tenha desembarcado. Deu preguiça de voltar (e estava quase na hora do meu embarque, só faltavam 5 horas), então eu resolvi dar uma banda pela cidade. Saí do aeroporto. 27 segundos depois eu voltei correndo contando meus dedos pra ver se não tinha perdido nenhum congelado no caminho. Me restou vegetar pelo aeroporto e esperar o embarque.
Finalmente no portão de embarque, eu estava bem feliz lendo um livrinho quando meu nome foi chamado. Aimeudeus. Medo. Fui lá no controle da emigração pra descobrir que meu passaporte estava na lista do governo de Cingapura. Fui transferida pra outra sala. Gelei. Mas aí foi só eu mostrar meu visto, explicar que eu não sou vendedora de drogas e que não fugi de Cingapura por ter matado alguém. Eles escanearam meu visto e meu passaporte foi liberado. Vida com emoção. Assim que eu gosto.

O avião pra Cingapura estava cheio (cheio de gente indo pra Austrália, ninguém viaja pra Cingapura, só eu). E tinha 2 bebês do meu lado. DOIS bebês. E eles choravam. JUNTOS. Paguei meus pecados.
Na cidade-estado-país, peguei o trem pra cidade e, depois, pra não caminhar 25 min até meu quarto (minha mala estava pesada. Não sei do que, só levei chocolate. Bah, acho que foi muito chocolate), resolvi pegar um ônibus. Meu amigo Google me disse que era só eu descer na estação 43 e pegar o ônibus A147. Fácil. Mas vocês sabem quantas paradas de ônibus existem ali? Sete. Eu não tinha a menor idéia de onde ir. No final, caminhei mais que os 25 min pra pegar o ônibus. Pobre é foda. Falando em pobre, descontaram mais de 10% do meu pagamento por causa do feriado público do ano-novo chinês. Mesmo que eu tenha trabalhado no feriado. Agora a expressão “trabalho de chinês” faz sentido pra mim.

Voltando. Cheguei no ape e ainda lembrei que tinha que lavar roupa. Maldita hora. Mas tudo bem. Dormi razoavelmente depois.
O trabalho foi mortal. Eu estava que nem um zumbi e meu mentor pegou pesado com as tarefas hoje. Sem dó da pobre estagiária. Meu chefe ainda disse que eu nem devia estar cansada, tive umas 30h pra dormir no avião... Cheguei 20h30 em casa. Isso só pra descobrir que o toque do celular da minha colega de quarto é “Baby”, do Justim Bieber. Queria me jogar pela janela, mas eles têm aquelas telas de proteção pra bebês. Tentei desamarrar o negócio, mas é à prova de crianças. Fica pra próxima.

Me voy.
Beijos!

2 comentários:

  1. Como sempre, post maravilhoso. A gente "viaja" contigo. Já estou c saudades. Vai voltar para o aniversário do teu pai ou para o dia das mães? Bjus

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    1. Humm, pagando a passagem, sem problemas! Mas é muita mão! Muita troca de fuso horário. Aposto que eu perco uns dias de vida nessas viagens no tempo... Beijos!

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