terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Viagem internacional com três gatos na cabine? 🙀 Passo-a-passo.

 

Oi pessoal! Hoje vamos conversar sobre como fazer uma viagem internacional de avião com 3 gatos persas na cabine do avião e somente 2 adultos. Como eu tive muita dificuldade para achar todas a informações, achei válido escrever uma matéria sobre isso. Aproveitem. 😄

Aviso: eu não recebo comissão por nenhum produto indicado nesse blog. São somente sugestões de produtos que funcionaram bem para a nossa viagem. A escolha é sua.


CONSIDERAÇÕES GERAIS:


  • Viagens de avião com gatos devem ser feitas somente se extremamente necessárias.
  • Esse será provavelmente a viagem mais estressante da vida do seu gato. Ele pode até morrer. Não coloque seu animal (inclusive cachorro) em risco desnecessariamente.
  • Não leve seu gatinho consigo se for passar as férias longe de casa: encontre uma babá de gatos ou um amigo para cuidar dos seus bichanos. Estávamos nos mudando por muitos anos para os Estados Unidos e somente por isso trouxemos os gatos.


ANTES DO VOO:


- Ligue para a companhia aérea: muitas companhias não aceitam transportar gatos persas na cabine ou no compartimento de carga pelo risco de sufocamento. A Delta é uma dessas companhias. A Lufthansa é uma das poucas que aceitam levar persas como carga. Gatos e cães de nariz achatado podem morrer durante o voo por causa da baixa pressão de oxigênio dentro da cabine. No compartimento de carga então as chances de morte são ainda maiores! Eu não recomendo de maneira nenhuma despachar um gato persa como carga.

Pergunte para a companhia quantos animais podem viajar no mesmo voo e se o voo que você quiser reservar não está “lotado” de pets. Alguns aviões comportam somente 4 animais por voo, enquanto outros podem levar até 8. Se você tiver muitos animais, como eu, vale a pena ficar de olho nisso. Pergunte se você precisa fazer algo diferente no momento da compra da passagem. Normalmente você procede como sempre. Cada passageiro ADULTO pode levar até um animal na cabine, que deve ficar embaixo da poltrona à sua frente. Crianças não podem levar animais, mesmo se um adulto a estiver acompanhando. Se você tiver mais pets que passageiros, pergunte à companhia o que fazer. A United Airlines autoriza você a comprar uma passagem extra de adulto para o terceiro pet. A Delta não, então fique atento.


- Reserve o voo: reserve o voo normalmente para os dois passageiros e compre um assento extra se você tiver um pet a mais. Use os dados de um passageiro para comprar o assento extra, mas coloque o primeiro nome como “Extraseat”. O sobrenome, data de nascimento, etc, deve ser o mesmo de um dos passageiros. Sempre que possível, compre um voo direto, ou com o menor número de escalas possíveis, mesmo que seja mais caro. Seus pets agradecem.

Além disso, lembre-se que animais de nariz achatado podem ter problemas para respirar por causa da baixa pressão de oxigênio na cabine. Os novos Boeing 787 Dreamliner têm consideravelmente mais oxigênio na cabine que outros aviões. Nós tomamos o cuidado de escolher esse avião para transportar os nossos gatos persas e correr o menos risco possível de perde-los durante o voo.


- Reserve o lugar dos pets: após comprar as passagens, ligue dentro de 24h para a companhia aérea para reservar os lugares dos bichanos. Você não precisa necessariamente ligar em 24h, mas se o voo tiver alcançado o limite de animais na cabine, você ainda pode cancelar sua passagem sem problemas, desde que dentro de 24h da compra. Isso serve para qualquer tipo de passagem! Fica a dica. Você vai ter que pagar uma taxa para embarcar com os animais. Essa taxa varia com a companhia aérea e com o trajeto. Quanto mais escalas, mais cara será a taxa, então leve isso também em consideração quando comprar sua passagem. A taxa pode geralmente ser paga na hora da reserva, por telefone, ou no balcão da companhia quando fizer o check-in. Eu prefiro pagar adiantado para agilizar o processo no aeroporto.


- Organize uma boa caixa de transporte: veja no site da companhia aérea quais as dimensões máximas para a caixa de transporte caber embaixo das poltronas do avião. As regras dizem que o animal deve poder ficar de pé e se virar confortavelmente dentro da caixinha. Entretanto, as dimensões aceitas pelas companhias estão longe de serem confortáveis para os bichanos, a menos que você viaje com um porquinho da índia. A Lufthansa, por exemplo, não aceita caixas mais altas que 23 cm! Mas calma. Não entre em pânico. Essas medidas são somente para caixas duras e inflexíveis, de plástico ou metal. Se você escolher uma caixa de transporte de tecido, que pode ser moldada para caber embaixo do assento, ela pode ser um pouco maior e não há problema algum. Como fizemos uma viagem muito longa, escolhemos uma caixa de transporte que podia ser estendida nos lados para dar mais conforto aos nossos gatos.  
A caixinha na sua menor configuração, que deve ser usada durante o voo.
A caixa totalmente expandida.
A caixa fica bem compacta para ser guardada depois da viagem.


- Acostume os animais à nova caixa de transporte: deixe-os explorar a caixa e leve-os várias vezes para passear que carro nas caixas novas. Comece devagar (somente 15-20 min) e depois leve-os para passeios mais longos. Eu não tive muito tempo para acostumar os meus gatos, mas os levei pelo menos 3 vezes para passear de carro antes do voo nas caixas novas. Se você tiver mais tempo, é bom levar os animais para rodoviária ou estação de trem para que se acostumem com a correria do aeroporto. A caixa que usamos estende-se em ambos os lados, mas nunca chegamos a usar os dois lados abertos simultaneamente. Por isso, acho que compraria uma com expansão somente em um lado na próxima vez se fosse mais barato. Lembra-se que pode demorar várias semanas para a caixa chegar pelo correio, então compre com antecedência.
(Se quiser que eu faça uma review dessa caixa de transporte, deixe um comentário!) 


- Organize a documentação dos animais: Verifique as exigências do seu país de destino e da companhia aérea quanto a vacinas e outros documentos de viagem necessários para embarcar e desembarcar sem problemas. No nosso caso, só precisamos comprovar que os gatos tinham vacinas contra a raiva em dia. A vacina deve ter sido feita não menos de 21 ou 30 dias antes da viagem, mas não há mais de 11 ou 12 meses. Atenção: para viajar para a Europa, os animais precisam também ter um microchip (do tamanho de um grão de arroz) implantado sob a pele. O implante deve ser feito antes da vacina da raiva. É bom também ter um certificado da saúde de um veterinário (nem sempre obrigatório). Esse certificado normalmente é valido somente 7 ou 10 dias, então deve ser feito próximo à viagem. Como nossos gatos nasceram na Europa, eles também tinham passaportes europeus, onde todas as vacinas estão registradas. Para viagens para e do Brasil, verifique o site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

 - Visite o veterinário: mesmo que você não precise de um atestado veterinário para seu bichinho, é sempre bom verificar se eles estão saudáveis antes de uma viagem de avião. Pergunte ao veterinário se ele/ela recomenda algo para ajudar o seu bichinho durante a viagem. Nós usamos um fitoterápico chamado Adaptil e o Anxitane (recomendado pelo veterinário) por alguns dias antes de voo e colocamos o spray Feliway (Ferormônio felino) nas caixas dos gatos logo antes da viagem. Misture as pílulas com uma pasta que seu gato gosta para não o estressar ainda mais ao dar o medicamento. Outra opção é dar a ração Royal Canin VeterinaryDiet Feline CALM. Tem para gatos e cachorros e deve ser dada por uma ou duas semanas antes do voo. Você vai achar essa ração à venda online no Brasil.

Atenção: nunca dê calmantes para os animais sem consultar um veterinário pois eles podem causar uma diminuição na frequência respiratória que pode levar à morte no avião.


- Analise o mapa do aeroporto de partida: procure uma sala silenciosa (“Quiet zone”) onde você possa levar os gatos para esperar pela partida do voo, caso chegue com bastante antecedência. Se você for viajar com um cachorro, procure os “Pet Relief Zone”, que são salas com grama artificial (geralmente) onde os cães podem fazer suas necessidades e esticar as pernas. Se não houver nada parecido no aeroporto, procure um local escuro e tranquilo para esperar com os gatos.
"Quiet zone" no aeroporto de Frankfurt. Foto do site do aeroporto.


-Se for ficar em um hotel, verifique se aceitam pets e quanto custa. Alguns hotéis cobram por dia por pet e outros cobram uma taxa fixa por quarto. Fique de olho. Muitos hotéis também limitam a quantidade de pets a dois. Nós mandamos um e-mail para o hotel antes e perguntamos se poderíamos levar 3 gatos.


O que levar na mala para os gatos?


Como compramos 3 passagens de avião, podíamos despachar 3 malas de 23 kg também. Deixamos uma dessas malas somente para as coisas dos gatos. O que levamos:

  • Uma caixa de areia que coubesse no fundo da mala
  • 5 kg de areia à qual os gatos estão acostumados (levamos porque não sabíamos se acharíamos a mesma marca no destino e para já ter areia quando chegássemos no hotel)
  •  0.5 kg de areia que já estava sendo usada pelos gatos, mas claro que sem xixi e fezes. O objetivo é fazer com que os gatos se sintam mais confortáveis no local de destino por causa do cheiro da areia antiga.
  • 3 kg de ração (pelos menos motivos pelos quais trouxemos tanta areia)
  • 20 latinhas de comida húmida à desde que sejam esterilizadas na produção e lacradas não há problema, mas verifique com o Ministério da Agricultura do país de destino.
  • Potinhos de água e ração.
  • Brinquedos favoritos
  • Escovas e pentes
  • Um removedor de pelos para as roupas.


O que levar para os gatos dentro do avião? 

Em uma viagem tao longa, tudo pode acontecer.

  • Caso os gatos fizessem xixi ou coco dentro da caixa de transporte, colocamos uma fralda ou tapete higiénico dentro das caixas (compramos o menor tamanho possível). Levamos também 3 tapetes extras casa houvesse algum acidente.
  • Cortamos um pano velho em vários pedaços casa tivéssemos que lavar algum gato no avião por causa de vomito ou diarreia. A ideia seria levar o gato ao banheiro, coloca-lo sobre o trocador de fralda para bebes, humedecer e usar os paninhos, e depois descartá-los.
  • Todos os documentos dos gatos.
  • Um potinho de silicone para dar água aos gatos (embora eles se recusassem a beber no avião, levei caso tivéssemos atrasos no voo ou outra situação inesperada).
  • Alguns snacks (eles também não quiseram comer no avião, mas trouxe caso tivéssemos atrasos).
  • Os medicamentos para ansiedade.

A nossa jornada da Alemanha aos Estados Unidos



Nossos gatos:

  • Lee, gata persa, 4 anos
  • Lola, gata persa, 3 anos
  • Cowboy, gato persa, 1 ano


NO AEROPORTO: 

Como o nosso voo era durante o dia, meu marido e eu saímos cedo pela manha e chegamos com 3h de antecedência no aeroporto. Não conseguimos fazer nosso check-in online por causa dos gatos e tivemos que fazer tudo no balcão da companhia no aeroporto.

Lembre-se que os gatos devem ser as últimas coisas a entrar no carro. Deixamos tudo pronto, demos as pilulas calmantes para os gatos, e partimos para 1h de carro até o aeroporto. A ideia era chegar cedo, evitar filas longas e ficar tranquilos com os gatos na zona silenciosa do aeroporto até o momento do voo. Mas...
Os gatos no carro, prontos para partir! (ou não)


Embora tenhamos chegado com 3h de antecedência no aeroporto, quase perdemos o voo. O aeroporto estava cheio e a fila do check-in já estava gigante. A equipe de solo da United foi super desorganizada, nos mandou para as filas erradas (você provavelmente terá que ir para um balcão de necessidades especiais), esqueceu de verificar nossos passaportes antes de fazer o check-in no balcão e nos mandou para outra fila de novo. No balcão de atendimento certo, os funcionários não sabiam preencher os documentos dos gatos ou fazer o check-in do assento extra que compramos para o terceiro gato. E nós indo de um lado para o outro com 3 malas pesadas, 3 malas de mão, mais 3 gatos! Depois de mais de 1h30 de confusão, pesaram todos os gatos (o peso do gato com a caixa não pode ultrapassar 8 kg), conferiram a documentação e fizeram uma etiqueta amarela que deveria ficar na caixa de cada gato.
 
Etiqueta com nossas informaçoes no lado oposto.


Saímos correndo, desesperados, com gato voando para tudo quanto é lado, cruzando o aeroporto para chegar no controle de imigração. Graças a Deus não tinha fila e passamos sem problemas pela imigração.


Já a verificação de segurança (raio-X) foi mais demorada. Havia uma fila média, mas havia somente uma máquina de raio-x operando. Porém, eu vi que havia uma fila separada para famílias, idosos e necessidades especiais. Perguntei para o segurança se podíamos entrar nessa fila por causa dos gatos e ele nos disse que sim. Os outros passageiros ficaram furiosos e vários passaram também para a nossa fila (alguns nos empurraram e passaram na nossa frente).


No final, os que saíram da fila regular para ficar atrás do nosso comboio se deram mal. Nossa verificação de segurança demorou horrores. Primeiro porque tínhamos 3 malas de mão com 4 computadores (um profissional e um pessoal cada para mim e meu marido) que tinham que ser retirados das malas e passados separadamente pelo raio-x. Segundo porque meu marido trazia equipamento de fotografia profissional, que também teve que passar separadamente pelo raio-x. E por último, por causa dos gatos.


Eu logo já avisei ao pessoal da segurança que tínhamos animais vivos. Eles então me instruíram a passar pelo raio-x sozinha, voltar e ir com os gatos à uma sala separada. Os seguranças foram muito gentis e compreensivos. Fomos à uma sala fechada, silenciosa, onde retirei cada gato da caixa e eles verificaram manualmente se não havia nada proibido dentro das caixas. O processo foi mais tranquilo do que eu esperava: achei que ia ter que tirar os gatos das caixinhas no meio da muvuca mesmo. Enquanto eu estava com os gatos nessa sala, o meu marido estava passando com o resto das nossas malas pelo raio-x.


Saímos novamente correndo para chegar até o portão de embarque. O embarque já havia começado! Porém, nos deparamos com mais uma verificação de passaporte, dessa vez feita pela própria companhia aérea. Quando finalmente passamos por mais isso e estávamos quase no portão de embarque, os seguranças nos chamaram para uma verificação de segurança aleatória. Passamos junto com uma outra senhora de mais idade para um canto separado próximo a um portão de embarque não utilizado, onde havia uma estrutura para verificar a presença de vestígios de drogas nas nossas roupas, sapatos e mãos. Claro que passamos nos testes, mas eu estava furiosa com a demora.


Saímos de novo correndo com os gatos e chegamos ao portão de embarque, onde havia mais uma verificação de passaporte antes de podermos apresentar nossos cartões de embarque e passaportes para finalmente embarcar. Acho que fomos quase os últimos a entrar no avião, mas chegamos a tempo! Uffa.


DENTRO DO AVIÃO:


Entrando no avião, achamos nossas poltronas, logo atrás da asa do avião.


Fica a dica: os assentos próximos ou em frente às asas do avião são os locais onde haverá menos turbulência, o que é melhor para os bichinhos.


Colocamos os 3 gatos embaixo dos assentos à nossa frente. As caixas de transporte eram um pouco maiores do que o permitido pela companhia e de fato havia uma barra no meio das poltronas que nos impedia de colocar as caixas até o fundo. Aí você tem duas opções: deixar a caixa mais para fora (e consequentemente ficar com menos espaço para as pernas) ou abaixar um pouco a caixa com as mãos e forçar sua entrada embaixo da poltrona. Fizemos a segunda opção, principalmente para a decolagem.
As caixas couberam partialmente embaixo das poltronas.


Os gatos detestaram a decolagem. Cowboy teve um ataque de pânico. Começou a se debater dentro da caixa como se estivesse morrendo. As outras duas gatas também miaram bastante, morderam a caixa e tentaram sair a qualquer custo.


Para quem está preocupado com os miados dos gatos no voo, pode ter certeza de que ninguém vai ouvir. O avião é realmente ensurdecedor.
Não tem muito espaço para as pernas...

Depois da decolagem, quando os sinais para atar os cintos foi desligado, começamos a fazer carinho nos gatos para acalmá-los. Eles demoraram muito para se acalmarem. Ficavam respirando com a língua para fora (sinal de estresse), miando e tentando escapar. Somente depois de várias horas eles se acalmaram, mas continuavam sem dormir.

Expandimos a caixa da Lee, que tentou escapar no processo, mas não conseguiu. Cowboy entrou novamente em pânico com a expansão da caixa e, consequentemente, do seu campo de visão. Então, logo fechei sua caixa novamente. Tiramos a caixa da Lola de debaixo da poltrona, mas não conseguimos expandi-la por falta de espaço.
Lee em sua caixinha.

A Lee continuava ofegante e miando. Depois de 4h de voo, colocamos sua caixinha no assento livre e eu fiquei horas fazendo carinho nela. Enquanto eu a acariciava, ela dormia ou deitava relaxada. Com Cowboy já mais calmo nesse momento, expandimos sua caixa também e ele dormiu. Lola também ficou mais calma no meio da viagem, mas miava regularmente.

Lee no assento do avião.

Tivemos que colocar todas as caixas fechadas nas suas posições originais para a aterrissagem. Os gatos, que tinham ficado mais tranquilos, começaram a miar e tentar escapar desesperadamente de novo. Cowboy novamente teve um ataque de pânico e ficou se debatendo na caixinha. Morri de pena. Eu tentava acalmá-lo fazendo carinho sempre que possível.



NO AEROPORTO DE DESTINO

Saímos do avião quase por último, com uma aeromoça nos ajudando a carregar todas as malas. Fomos então o mais rápido possível para a fila de imigração, que estava muito longa. Não havia nenhuma fila preferencial, somente para diplomatas e membros de tripulação. Ficamos uma hora ou mais na fila. Cowboy dormiu, exausto.


Dica: Achei que ficou melhor quando cobrimos as caixas dos gatos com um cobertor, assim eles ficavam mais tranquilos. Não é o ideal, já que diminui o fluxo de ar, mas os gatos agradecem.


Passando pela imigração, pegamos as malas despachadas e passamos pela alfândega. Como estávamos trazendo comida enlatada para os gatos que contém carne, tivemos que declarar que trazíamos essa carne. Passaram as malas pelo raio-X. O oficial de fronteira abriu nossas malas e olhou se as latinhas estavam vedadas como originalmente compradas e quais eram os ingredientes. Carne enlatada pode entrar nos EUA, exceto se for de origem caprina ou ovina.


Como trazíamos uma quantidade grande, expliquei espontaneamente que era para consumos dos meus gatos em um período de adaptação e não para venda. Não nos fizeram nenhuma pergunta adicional e nos liberaram sem problemas.


Saímos aliviados da alfândega e prontos para pegar o transporte terrestre para o hotel. Na minha felicidade, fiz uma curva mais rápida com o carrinho de bagagens e a caixa de um dos gatos caiu no chão. 😧 O Cowboy levou um susto, mas não se machucou. Não façam isso...


Atravessamos o estacionamento com toda a bagagem e os gatos, até chegarmos ao carro que ia nos levar ao hotel. Era um SUV bem grande e coubemos todos sem problemas. Cowboy e Lee miaram pelo caminho todo (1h), mas Lola não aguentou e dormiu.


NO HOTEL:


Chegamos ao hotel e colocamos todas as bagagens e gatos no saguão. Por incompetência do hotel, que havia perdido nossas informações de reserva, tivemos que esperar muito tempo para entrar no quarto (e os gatos miando). Depois de nos darem o quarto errado e muita discussão, finalmente estávamos acomodados.   


Deixamos os gatos saírem das caixinhas. Cowboy ficou curioso, cheirando tudo. Lee correu para ficar embaixo da cama. Lola explorou um pouco e foi para baixo da cama também. Preparamos a caixa de areia, que eles não usaram imediatamente, mas em poucas horas.
Lee sobre a cama brincando com os outros dois gatos (embaixo do cobertor).


Demos um sachê de comida bem molhadinha (e colocamos mais água) para incentivar os gatos a se reidratarem. Geralmente compramos comida em patê, mas havíamos trazido alguns sachês com pedaços justamente porque sabemos que eles só gostam de comer o caldinho. A Lola estava com uma sujeira branca no nariz depois do voo. Acho que era um pouco de secreção nasal que secou no ar com baixa umidade na cabine. Ela não me deixou limpar, mas havia desaparecido no dia seguinte. Também oferecemos água e ração.


Eu achei que os gatos estariam cansados à noite e que dormiriam bem, mas eles estavam bem ativos, explorando o quarto, miando e caminhando por tudo. Durante o dia, dormiam embaixo da cama ou no sofá. Nós estávamos exaustos, já que não dormimos no avião. As noites ficaram mais tranquilas depois de uma semana, mais ou menos.


Curiosidade: mesmo que os gatos tivessem saído da Europa no verão e chegado no verão, eles ainda começaram a trocar de pelos para a pelagem de inverno (em julho!), provavelmente por causa do fuso horário. A pelagem de inverno diminuiu um pouco depois de um ou dois meses e voltou novamente em dezembro.


CONCLUSÃO:


Ficamos felizes de ter conseguido trazer os 3 gatos sem maiores problemas. Foi uma viagem difícil e muito mais cansativa que o normal, mas a saúde e bem-estar deles é o mais importante. Planejamento e informação foram essenciais para o bom andamento da viagem. Se tivermos que fazer tudo de novo, faremos igual, mas chegaremos com mais antecedência no aeroporto. 😅

Esqueci de alguma coisa? Deixe a informação nos comentários! 


Espero ter ajudado! Beijos!

    

2 comentários:

  1. Adorei as dicas! Não conhecia essa área de descanso para pets no aeroporto e gostei muito de saber como me informar. O tipo de avião aparece na reserva? Confesso que nunca prestei atenção.
    Imagina se os gatos pesassem mais de 8 kg... Teriam de fazer um cruzeiro à la Titanic!
    Muito legais as curiosidades sobre a troca de pelagem também. Amei as fotos dos fofos brincando embaixo das cobertas.
    A Di está tomando banho agora porque se atirou na parte mais suja do espelho da Redenção...
    Ah! Vocês ficaram em hotel até acharem um lar ou foi só um pit-stop?
    Beijão!

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    Respostas
    1. Oi Ana! :)

      Respondendo às perguntas:
      - Sim, geralmente o tipo de aviao aparece no momento da reserva. Se nao aparecer, coloque o numero do voo no Google ou no SeatGuru.com.
      - Se o pet pesar mais de 8kg com a caixinha, ele deve ser despachado como carga. ;_; (exceto se for um animal de serviço - nao ha restriçao de peso para eles)
      - Ficamos nesse hotel por 3 semanas, até conseguirmos um apartamento permanente. Pegamos o maior quarto disponivel, mas ainda assim era pequeno. Os gatos gostaram de mudar para a casa nova.

      Beijos!

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