terça-feira, 10 de julho de 2012

Colônia

OI, gente!
Vou continuar brevemente a narração da final da minha viagem, quando eu passo 1 dia na Alemanha. Não, eu não aprendi alemão nesse tempo.
Cheguei em Frankfurt, naquele aeroporto enorme, e tive que caminhar tipo 1 km até chegar no portão de desembarque. Depois foram mais uns 2 km até conseguir uma informação sobre onde eu poderia deixar minhas malas antes de sair passeando pela cidade. Levei quase 1h nessa brincadeira, peguei um trem aéreo dentro do aeroporto e recebi informação em todas as línguas que vocês podem imaginar (não que eu tenho entendido, mas tudo bem). Deixei minha mala lá e fui encontrar a estação de trens interurbanos. Andei um monte, pra variar, mas achei a fila gigante. 1h depois eu consegui meu cartão embarque. Comprei uma viagem de ida e uma de volta num ticket que valia por 30 dias. Eu podia escolher quando viajar! Muito legal.

Por causa de uma tempestade na noite anterior, meu trem atrasou quase 3 horas, por isso, eu fui bem indignada pedir pra pegar outro trem, já que ia ficar só umas 6h em Colônia mesmo (não ia valer a pena se atrasasse 3h). Consegui pegar outro trem, mas não consegui avisar a Roselaine, amiga da minha mãe que ia me receber lá, dessa mudança. Chegando em Colônia, que não tinha internet assim como Frankfurt, tive que encontrar um café e tomar um chocolate quente pra poder procurar o telefone dela na rede e então tentar ligar de um telefone público na Alemanha. Eu me meto em cada uma...

Enfim, consegui encontrá-la e saímos a passear pelo centro histórico e de comércio (que estava fechado, por era domingo, dia de missa). Vimos a catedral de Colônia, muito linda e enorme! Lá também estão enterrados os 3 reis magos. Não perguntem.



A cidade também é linda, as casas, as ruas, os parques... A tarde fomos almoçar na casa que eles estão construindo num condomínio novo. Fiquei impressionada com o isolamento térmico nas paredes e com o fato de que a mão-de-obra é a própria família (o casal tem 2 filhos grandes). Que beleza! Comemos feijão, arroz, farofa, carne de panela, etc. Uma delícia!

Depois já eram 18h e estava na hora de voltar. O trem leva 1h até o aeroporto, mas é muito confortável. Nem parece que estávamos indo a mais de 300 km/h.  

De volta ao aeroporto, minha casa nos últimos dias, peguei minhas malas e já despachei. O incrível é que na TAM a gente consegue levar 64 kg. Na Qantas eu só podia levar 23! Um absurdo! Antes do voo ainda fui tomar um banho bem merecido pra encarar as 13h no avião lotado. Aja paciência com essas crianças berrantes. Assisti uns 3 filmes e dormi um pouco. 

Em Guarulhos, finalmente, tivemos todos que buscar nossas malas, mesmo que elas já estivessem etiquetadas pro destino final, e fazer check-in de novo. E ainda acham que estamos quase preparados pra copa... Uma confusão, pra variar. Filas aleatórias que não levam a lugar nenhum, funcionários que não sabiam mais o que fazer. Pessoas furando filas, e até o McDonalds estava uma baderna. Pelo menos eu descobri que o acesso à internet nas salas de embarque agora são liberadas quando você digita o número do cartão de embarque! Aleluia! Antes era um terror conseguir acessar a internet em Guarulhos. Só tinha 15 min livres (que era o tempo que levava pra carregar uma página).

E finalmente cheguei ao RS! Meio morta, meio quebrada. Mas aí eu vi a Mary lá! Ohhh! Que saudades! Ela admitiu que ia fazer um cartaz escrito "Priscilla" pra mim, mas eu ainda não digeri se isso foi alguma piada ou não. Não duvido de mais nada. u_u
Eu nem sofri choque térmico. Estava 28ºC quando eu cheguei, quase como o inverno polar de Cingapura (às 4 da manhã). 

Minha cachorra, a Clér, ficou louca quando eu cheguei em casa! Ela ainda me reconheceu! Aproveitamos pra almoçar minha comida especial (purê \o/) e dormi a tarde inteira. Foi horrível levantar as 17h pra poder "dormir à noite", segundo minha mãe, embora meu plano original era dormir 24h seguidas (eu acho que eu ia conseguir).

Então foi assim que eu vim parar no Brasil de novo. 
Semana que vem vou sair desse frio desgraçado e ir estudar/congressar/passear no RJ pra degelar. 
Aí eu conto como foi.

Beijos!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Mazah!

(sim, Mariana, eu não vou colocar o post "Pérolas - parte 2". Também te amo!)

Estamos de volta!!!
Aleluia irmãos! Sem mais comida altamente apimentada, calor infernal, dias bizarros no laboratório, pessoas todas iguais, etc.
Agora posso assistir TV (coisa que eu não fazia há 6 meses), ver um filme, comer pipoca, ter comida que aparece magicamente na geladeira e roupa que se auto-lava, passa e dobra. Isso é que é país de primeiro mundo!
E o melhor, 70% dos meus amigos estão há 2h de distância! \o/

Mas antes, vou começar pelo começo.
Na minha última semana em Cingapura, o pessoal da escalada me deu de presente um livro feito com fotos minhas com eles e mensagens pessoais. O pessoal do laboratório também contribuiu! (inclusive o Kasim, que fez uma história em quadrinhos bem nerd pra mim. Por isso eu não esperava. Fiquei muito feliz!). Ficou lindo! Vou guardar pra sempre! <3

Segunda passada foi minha apresentação no laboratório. Eu estava muito nervosa. Falei muito rápido, mas acho que foi legal. O Kaism disse que estava bom. O que vindo dele é muito! Na verdade eu comprei a opinião das pessoas colocando uma foto de brigadeiros mitóticos no final. Sempre funciona. u_u

No dia seguinte foi minha avaliação final do estágio. Recebi algumas críticas construtivas e alguns elogios. Foi bom saber disso, já que num dos meus estágios anteriores eu tinha alguns problemas de relacionamento. XD A maior crítica do meu chefe foi meu inglês. Aparentemente ele reclama que eu falo de um jeito engraçado. Mas não posso evitar. Meu outros colegas acham que meu inglês é bom. Aparentemente o chefe tem muito orgulho de ter aprendido inglês sozinho e exige o mesmo de todo mundo. Tá, né.
O chefe também tinha me perguntado se eu queria que o Kasim participasse ou não. Eu não sabia. Tinha medo do que ele ia dizer. Eu sempre tive a impressão de que ele queria me matar em 90% do tempo. Então,  como eu não queria decidir sobre isso, resolvi perguntar pra ele se ele queria participar. Ele ficou meio "pra quê???", mas aí eu "sei lá, tu é meu supervisor real. Achei que gostaria de participar da avaliação.". Então ele concordou. Não falou muita coisa. Começou reclamando que eu não colocava a quantidade certa de beads nos tubos, mas no final disse que ficou feliz por não ter que me ajudar a fazer os ensaios cometa, que me ocupavam boa parte do tempo (então ele não precisava me aturar). Mas no geral ele também gostou do meu desempenho. O que, novamente, significa muito pra mim.

Quinta-feira fui dar um depoimento de sobrevivente para os novos alunos desse programa de pesquisa. Eram mais de 50 estudantes perdidos. Foi uma palestrinha bem legal, contei uma coisas engraçadas que aconteceram, dei uma real sobre o programa e respondi várias perguntas. Eles gostaram, riram bastante e relaxaram um pouco (estavam todos muito ansiosos com tudo). Depois alguns vieram fazer perguntas mais específicas. Gostei do negócio (e ainda ganhei um almoço grátis com alguns pesquisadores da A*STAR - e meu chefe estava lá também).

(gente, não entrem em coma. O post vai ser meio longo hoje)

Sexta foi minha festa de despedida. O chefe pediu pra eu assinar uma garrafa de vinho e eu coloquei todo mundo no mesmo barco. Passamos umas 2 horas fazendo desenhos na garrafa e destruindo o desenho dos outros. Muito legal! O Kasim só reclamou que mesmo no desenho eu não conseguia colocar número igual de beads. *Patrícia morre*



No sábado, hora de empacotar, como diria minha vó. Quase não coube tudo. Isso que eu abandonei metade das coisas, roupas e roupa de cama. XD Foi o equipamento de escalada. u_u
Almocei uma última vez em Cingapura com a Rejane (que está grávida!!! Pronto, falei.), passei no banco pra recolher as últimas moedas e rumei pro meu lar cingapureano.

No final da tarde, tudo pronto. O namorado da dona da casa me levou com ela ao aeroporto, onde descobri que estava com excesso de bagagem. Me digam, como eles esperam que uma pessoa viaje 20 mil km com somente 23 kg de bagagem??? Não é possível! Até na TAM eles deixam levar 64 kg! Até na TAM!!! Tá, me acalmei. Então eu tive que tirar umas coisas pesadas, como calças jeans, pra levar dentro do avião. Como se fizesse muita diferença levar o peso em cima ou embaixo da cabine. Affe.
Depois fomos jantar no KFC (super saudável). Muito bom!



O voo estava lotado. Peguei um dos pior assentos, com um gordo e uma velha do meu lado. Ótimo. Graças a deus que eu tomei umas dorgas e dormi umas 8h (toda torta obviamente. Acordei caminhando que nem uma gazela - imaginem a cena).
Então eu cheguei na Alemanha.

Ai, cansei. Depois eu continuo com as aventuras alemãs, paulistanas e minha sobrevivência com o serviço de bordo da TAM.

Bjs!