sábado, 26 de maio de 2012

Tailândia - Parte II

No segundo dia, acordamos com dificuldade. Uma van veio nos buscar no hostel pra nos levar até o pier onde pegaríamos a lancha pra visitar as ilhas.
Chegando lá, tínhamos à disposição remédios pra enjoo (tenho quase certeza de que é proibido fazer isso no Brasil), café e chá. Depois de uma meia hora de espera, nosso grupo entrou na lancha e partimos. Andar de lancha á muito tri. A gente voa quando as ondas formam rampas \o/.
Depois de uns 40 minutos de viajem, paramos pra admirar os peixes e mergulhar com aqueles snorkels. Muito divertido! Cheio de peixes coloridos e outras coisas não identificáveis.
Mais um pouco de viagem e chegamos a uma das ilhas Phi Phi, onde foi filmado o filme "A Praia", com o Leonardo DiCaprio. Não que eu tenha visto o filme, mas enfim.
Tá, aí tinha uns paredões de pedra, águas cristalinas, etc. Não vou entediar vocês com essas coisas. Em seguida fomos pra outra ilha Phi Phi (Don) onde havia diversos macacos nos paredões esperando que a gente jogasse bananas pra eles. Muito fofos!

Macacos! Sim, tem 2 na foto.

Almoçamos em outra praia, nuns galpões bem grandes, cheios de mesas e cadeiras. A comida estava muito boa (graças a deus). Depois do almoço, havia cadeiras de praia na sombra pra tirar uma soneca (pra alugar, claro).
Finalmente rumamos para a última ilha, que eu não lembro o nome (depois eu olho no mapa. Era Mhay, será?). Enfim. Era uma ilha muito pequena, cheia de pedras escuras, muito lindas, com vista pras ilhas em volta. Super legal também. Só não curti a areia da praia. Tinha umas pedras até bem grandes, machucava os pés, tinha que ficar de olho onde você caminhava. Pelo menos não gruda na pele \o/ E tava quente, peloamordedeus. Da-lhe protetor.




O pessoal da lancha desembarcou com diversas frutas, ficaram e distribuíram pra gente. Também tinha suco e água disponível. Bem legal, né?
Por volta das 4h, voltamos pra Phuket, mas dessa vez desembarcamos num pier mais afastado da costa, já que a maré estava muito baixa. Por isso, tivemos que pegar uns ônibus pra voltar cidade. Os ônibus iam tão cheios que tinha gente no teto. Sim, tinha gente que ia em cima do ônibus. Coisas da Tailândia. Bem normal.
De volta ao hostel, eu só queria era descansar depois de 8h com sol na cabeça. Nossa janta foi na pizzaria na frente do hostel. Pizza de 4 queijos! Hum...
Fomos de fato dormir naquela noite, já que estávamos podres. A Cris ficou bem queimada do sol, eu nem tanto, mas o pior estava por vir...
No geral, recomendo muito o passeio! Vale a pena!

Beijos!

Tailândia - Parte I

Enquanto minhas colegas de quarto dormem depois ficar jogando carta até as 4 da madrugada, vou aproveitar pra atualizar, devagarinho, o blog.
Nossa aventura tailandesa começou quinta-feira, depois de eu sair do trabalho direto pro aeroporto carregando minha malinha. Encontrei a Cris e embarcamos. Voamos de JetStar, que tem passagens muito baratas, mas acabamos perdendo no serviço e no conforto. Como não pagamos os 100 dolares a mais, não pudemos despachar nenhuma bagagem (isso significa que não pudemos levar nada com mais de 100 mL na viagem - shampoo, protetor solar, hidrante, etc) nem escolher os assentos. Ficamos na última poltrona (a que não reclina...) e não recebemos nada pra comer ou beber nas duas horas de viagem (só tinha coisas pra comprar com preços absurdos). E o avião fedia a mijo. Bom.
Tudo bem. Desembarcamos e descobrimos que não precisávamos pagar o visto de 1000 Baht (adoro ser brasileira nessas horas). Pegamos uma van estranha pra chegar no hostel. O motorista ia a 130 km/h nas ruas estreitas, buzinando enlouquecido, ignorando totalmente as motocicletas que iam na contra-mão (sim). Aliás, moto aqui é transporte coletivo. Dá pra por até 5 pessoas (todas sem capacete) na motoca e ainda transitar à meia-noite sem ligar os faróis. Bem bom.
Chegando no hostel, tivemos nosso drink de boas vindas (mai thai), muito bom por sinal. Nosso quarto era... estranho. O quarto em si era muito bom. Limpo, com camas gigantes, toalhas fofinhas, etc. O problema era quem estava no quarto. Tinha quatro homens, a maioria com idade 30+. Até eles ficaram surpresos quando chegamos, já que tinha um cara só de cueca na cama T_T
Bah, que horror. O pior de tudo é que eles roncavam. Muito. Eu não consegui dormir direito, a Cris desmaiou de cansaço e não ouviu nada. Sortuda.
Ok, findo o trauma pela manhã, fomos visitar as praias de Kata, Karon e Kata Noi, tudo a pé, mesmo não fosse tão perto assim. As praias são lindas, a água é verdinha, quente, tem árvores pra gente se aprochegar na sombra e quase não tem ninguém em algumas praias. Pra chegar até Kata Noi, caminhamos um monte, no sol, torando o couro, vertendo suor. Tivemos até que parar pra tomar um refri e comprar protetor solar antes que a coisa ficasse feia. Mas compensou. A praia era linda, meio que exclusiva de uns resorts. Depois de tomar banho de mar, invadimos o resort pra tomar uma ducha de água doce. E o medo de ser pega? Nossa! Esperamos o segurança sair da casinha e invadimos. Tomamos banho como se nada tivesse acontecido e, quando saímos do resort de volta pra praia, o segunraça até abriu o portão pra gente e desejou um "bom dia". Bah, que medo. Já pensou como são as cadeias da Tailândia? Não devem muito legais.
Na volta (mais ou menos 2 da tarde), choveu um pouco. E graças de deus porque se não eu desmaiava de calor. 

Gatos da Tailândia. Se é que você me entende.

Voltamos, almoçamos no subway e fomos descansar um pouco. Eu dormi/desmaiei na cama e, quando acordei, vi que a coisa estava feia. Tudo girando, uma dor de cabeça estranha, todo o corpo doía de queimado. Acho que foi a primeira vez que experimentei uma insolação. Logo desci pra comprar e beber muita água. Logo já estava melhor. 
À noite, pegamos um tuk-tuk, uns carrinhos típicos da Tailândia pra ir pra Patong, local da vida noturna. Luz por todos os lados, ruas cheias de gente e de gente dos bares te implorando pra entrar e/ou te convidando pra assistir um "ping pong show". Esse show faz parte do turismo sexual do país, com meninas colocando bolas de ping pong lá e fazendo coisas estranhas. Até sexo ao vivo rola nesses shows. Nós recusamos, até porque eu sei que as meninas (literalmente) que fazem esses shows odeiam ter que trabalhar nesses lugares, mas é o único meio que têm pra se sustentarem. Depois de dar milhares de voltas pela cidade e comer uma panqueca tailandesa de banana com nutella feita na hora, fomos pra um bar onde, como em quase todos os outros, havia dezenas de meninas dançando sobre os balcões. Novamente, elas não pareciam muito felizes com isso, mas os turistas ricos, velhos e gordos estavam adorando. Nesses bares eles também dão diversos jogos pra entreter as pessoas. Coisas como torres pra montar, jogos da velha, coisas simples, que podem ser jogadas por alguém bêbado. 

Praia, cidade, tuk-tuk e Patong.


Voltamos e dormimos porque no outro dia teríamos um passeio de lancha pelas ilhas alí perto que saía às 8 da matina T_T. Ninguém merece. Pelo menos foi mais ou menos barato (1500 baht --> o bom dessa moeda é que não se pronuncia o "t", então fica tipo "bah", tche! XD). Ah, e o câmbio é bem favorável aqui 200 dólares de Singapura são 5000 baht. Milionária por uns dias \o/ Pena que as coisas aqui são caras. Refeições custam entre 120 e 200 baht. Não é muito se você passar pra dólares, mas de pouco em pouco, se vai o dinheiro. 

Outra coisa muito engraçada é que você encontra muita coisa em russo. Inclusive no aeroporto. Parece que Phuket é o destino preferido desse povo. Aparentemente por causa de um acordo entre os países, os russos não precisam de visto pra ficarem até 30 dias no país. O que deve ser ótimo, já que a diplomacia russa não é muito praticamente com outros países. Por isso, tem um bando de russos fazendo turismo na Tailândia.

Parece russo...
Vou respirar e volto pra parte 2. Aguardem.
Beijos!

sábado, 19 de maio de 2012

De tudo um pouco


Então a Wei Theng me abandonou pra ir pros EUA participar de uma conferência. Tudo bem, o povo da escalada está se revezando pra poder escalar comigo nas terças (já que nas quartas estou tendo aulas de francês). Agora estou escalando muito mais, já que geralmente estamos escalando de duplas ou trios, não tem fila pra escalar. Descobri que existe um ciclo de destruição das mãos: na primeira semana, dói a valer, parece que a pele vai se soltar da carne, forma umas bolhas gigantes, etc. O fator limitante na escalada são juntamente essas bolhas. Na segunda semana, as mãos estão uma maravilha pra escalar. Uma camada grossa de proteção se formou nos locais de atrito e você pode escalar bem feliz por horas. O fator limitante é a dor que você no resto do corpo, incluindo músculos em geral, os pés e os ligamentos das mãos. No final da escalada, você percebe que sua mão está completamente destruída. Não dói, mas a camada de proteção foi arrancada durante as escaladas e sua mão está muito perto de sangrar. Na manhã seguinte, sua mão está macia, super-esfoliada e perfeita. O que significa que na próxima semana você vai morrer pra escalar de novo! Ótimo.

Bom, o Kasim voltou da viagem. Percebi que estava sentindo falta dele. Isso durou 3 horas, até quando ele começou a reclamar do que (não) tinha feito (e do que deu errado). Meu, eu estava realmente acabada nessa semana toda (e na anterior). O que me deu uma salvada foi um almoço muito brasileiro com a Rejane (arroz, feijão delicioso e bife a milanesa). Mas eu estava cansada, desanimada, o povo do trabalho perguntando se eu estava bem e o povo de casa dizendo que eu parecia um zumbi. Não sei por que na real. Bom, talvez eu saiba. Fora ter dado tudo errado no trabalho (contribuiu 90%), eu estava meio estressada, não conseguia dormir bem, acordava como se não tivesse dormido, e estou de saco cheio desse povo asiático. Sério, o povo de Cingapura é o pior. Eles furam a fila, te atropelam, te empurram, fedem (principalmente os indianos), comem umas comidas horríveis e... o pior... não olham pra onde andam nas ruas porque estão brincando no iPhone. Isso quando não ficam jogando angry birds com o volume no máximo. Aí dá aqueles barulhos irritantes dos bichinhos se matando. Sério. No metro o povo simplesmente não anda, eles se lerdeiam nos corredores pra ficar mandando mensagens e ficam trancando as escadas rolantes, as passarelas, tudo! Isso quando não cruzam contigo do nada e ainda ficam brabos que tu não previu que eles estavam cruzando o lobby do metrô num ângulo que vai do nada pro nada. Ótimo. Um dia eu vou me irritar com um deles e ir presa. Aguardem.
Recentemente saiu uma lei num estado dos EUA que andar e mexer no celular dá multa. Não vai dar 1 mês pra pegar em Cingapura (espero).
As aulas de francês. Tem um povão na aula. Umas 50 pessoas. O livro é bagaceiro, um xerox do original. Eu são não desisti e pedi meu dinheiro de volta por causa da professora, que é muito boa. Ela realmente sabe ensinar. Estou aprendendo devagarinho, vamos ver no que vai dar.
E quarta-feira, eu estava bem feliz pegando meu primeiro café do dia (no meu estado zumbi) quando começou a soar um alarme irritante e uma voz dizendo que o prédio estava em fogo. Corram por suas vidas! A primeira coisa que eu pensei foi “será que posso tomar o café primeiro? Posso pelo menos levar o café?”. Com as pessoas correndo enlouquecidas resolvi, muito relutantemente, abandonar o café. Que dor.
Encontrei o povo do lab no corredor, descemos as escadas (enquanto tinha uns trouxas ainda se perguntando por que o elevador não estava funcionando) e fomos pra área de encontrando designada pra nós. A polícia da Biopolis agiu rápido. Fechou as ruas pros pedestres, armaram uma barraca de primeiros socorros nos pontos de encontro, enfim, tudo muito organizado. No final, foi só um teste. Sem graça. Voltamos e, quando eu entrei no escritório, o Kasim estava bem belo no computador, como se nada tivesse acontecido. Ele chegou logo depois do alarme tocar, e, portanto, viu que era um ensaio. “Eu acho que você esqueceu isso” disse, tomando meu café. “Me servi pra não esfriar”. Que amor. Mas tudo bem. Ia fazer outro mesmo.
E minha colega de quarto se mudou! Graças aos deuses (porque eu precisei pra ajuda de todos eles pra sobreviver ao secador de cabelo tornado de madrugada)! Agora tenho pesadelos com o secador. Vou precisar de terapia.
Eu sei que vocês querem saber sobre a viagem pra Tailândia, mas agora eu cansei de escrever. Posso dizer que está sendo uma aventura e tanto. Estou um camarão, num hostel com outras 3 meninas (Cris, uma guria da Rússia e outra da Holanda). Mas antes a gente estava num lugar que... bem, conto depois. E conto sobre nossa entrada escondida num resort. E sobre nadar com os peixes. E sobre nosso passeio de lancha. E sobre a vida noturna nada normal de Phuket. E sobre a panqueca de Nutella. E sobre nossa viagem de avião na última classe (literalmente). E o taxista doido. E as vans com luzes piscantes dentro. E sobre como o trânsito (não) funciona quando as pessoas andam de moto na contramão das rodovias sem capacete (e não precisa ter carteira de motorista).

Beijos! (não me odeiem)  Amo vocês!

domingo, 6 de maio de 2012

Um dia ruim

Logo depois da postagem na melhor semana da minha vida, o domingo começou avacalhando tudo.

Primeiro que trabalhar no domingo já não faz ninguém acordar de bom humor. Segundo que tudo que era pra dar certo, deu errado.
Eu estava fazendo um western blot (pra ver as proteínas de uma amostra) e deixei incubando o anticorpo na membrana (dentro de um tudo falcon) na sala fria (4ºC) durante a noite. A gente coloca a membrana e o anticorpo rodando em cima de um aparelho pro anticorpo entrar em contato com todas as amostras. Eis que uma colega tirou as minhas membranas pra ajeitar o espaço pra rodar um monte de amostras dela, mas esqueceu de colocar meu tubos de volta! Resultado: a membrana com as últimas amostras que eu tinha ficou toda manchada (o anticorpo grudou no lado da membrana sobre o qual ele estava parado a noite toda). Repeti a parte do anticorpo, mas não deu certo. Tem que ser de primeira. Que droga. Mas eu sei que não foi de propósito. Essas coisas acontecem.

Outra coisa mega chata foi um ensaio cometa que demorou 8 horas pra eu fazer (sem contar os 3 dias padronizando a técnica e 2 dias tratando os camundongos). Fiz o ensaio bonitinho e dei uma olhada nas células (lindas!) antes de ir embora pra casa (já era tarde, não ia ficar tirando fotos de células num sábado de madrugada). No dia seguinte, cheguei no lab, fui pro microscópio tirar as tais fotos... mas, cadê as células? o.O Por algum acidente bizarro da natureza os cortes caíram da lâmina e foram parar não sei onde, porque nem na caixa onde estavam as lâminas eu vi qualquer vestígio deles! Meu, que raiva! OITO  HORAS de trabalho perdido. Fora que (1) era o último camundongo que eu tinha pra isso e (2) acabou meu material pra repetir o experimento. Vou ter que comprar mais e vai demorar pra chegar. Ótimo. Realmente maravilhoso.

Então, enquanto outras células ficavam nadando no corante por 4 horas, eu fui dar uma nadada na piscina do bairro. Pra quê? O dia já estava ruim o bastante. Quase morri de calor pra caminhar até a maldita piscina num solão desgraçado. Entrei na água, nadei 15 minutos, o tempo se fechou e começaram a cair raios pra todos os lados. Tive que sair da piscina e esperar quase 1h pra chuva amenizar e eu poder voltar pro laboratório sem ficar totalmente encharcada. 

Mas o melhor mesmo foi descobrir pelo facebook que minha casa no Brasil foi assaltada, de novo. E não faz duas semanas que eu falei pra minha mãe que a gente devia fazer o backup das coisas. Claro que ninguém fez. Tudo se foi. Parece um pesadelo. Eu estava no trabalho quando descobri. Fiquei tão revoltada, chateada, com raiva, ódio, que me deu vontade de chorar diante da minha impotência diante de uma situação dessas. Graças a deus que a Wei Theng veio pro laboratório me fazer companhia (num domingo!) depois disso. 

Como se não bastasse, amanhã eu tenho um mega-experimento pra fazer mais algumas outras coisinhas pra atrapalhar meu dia. Eu nunca fiz esse experimento, deveria só assistir. Mas aí o Kasim me manda um e-mail dizendo que o passaporte dele foi roubado e ele só volta da viagem na quarta-feira! Ah, não! É muito azar num corpinho só! Vou jogar um sal grosso, queimar uns incensos, fazer umas macumbas... sei lá. Pior não pode ficar.

Que dias melhores venham para todos nós.
Até a próxima.

sábado, 5 de maio de 2012

Universal Studios


Gente, essa semana foi demais! Por várias razões, mas as principais foram:
a) meu supervisor (o kasim) não estava no lab, então eu não precisava me preocupar em fingir estar ocupada 100% do tempo (porque se ele me ver vadiando me dá alguma coisa impossível pra fazer) e não tinha que ficar esperta pra quando ele chegasse de macinho pra me dar um susto. Estou quase certa de que ele faz essas entradas triunfais/assustadoras de propósito.
b) eu consegui ir escalar no feriado com a Wei Theng e quase morremos de tanto subir e descer aquelas paredes. Não tenho mais digitais.
Ah, eu sonhei com a Wei Theng essa semana. Acordei com uma dor no peito por saber que em menos de 2 meses provavelmente nunca mais a verei de novo. ;_; Descobri que fiz ótimos amigos aqui em Cingapura. Nesse mesmo dia, a Wei Theng me confessou que também vai sentir minha falta. Apesar de eu viver incomodando ela, fazendo milhares de perguntas, nó sempre nos divertimos muito falando de coisas fúteis da vida. 
c) comecei meu curso de francês, mas parece que eu sei muito mais que as pessoas na classe. O problema é que agora já estou entupida de tema pra fazer.
d) o chefe do lab vai viajar amanhã! Volta em 3 semanas \o/  Bom, dá última vez que ele viajou o Kasim me explorou até a morte, espero que ele pegue leve dessa vez.
e) comprei um tênis Adidas rosa pink! Estava tudo em promoção (30%), só por isso eu decidi comprar (pobre é phoda). Amo meu novo tênis! Táo confortável! Nunca tive um tênis de marca. Esse vai ter que durar pra sempre  #trauma
e) eu, Isabelle e Cris fomos no Universal Studios de Cingapura! (parque de diversões) Isso merece um post a parte.

Nós decidimos ir num dia de semana no parque, já que (1) é mais barato e (2) tem menos fila. Eu tive que trabalhar no feriado do 1º (terça), como sempre, então só avisei o chefe que eu ia tirar um dia de folga (quinta) pra fazer pesquisa de campo. Ele riu, claro, mas me liberou. A Wei Theng fez a gentileza de cuidar das minhas células e o Matias (outro estudante, aquele da Argentina) fez a contagem de outro experimento meu. Não era um experimento essencial, por isso eu deixei pra ele treinar um pouco (que nunca cuidou de células na vida!). Incrivelmente deu mais ou menos certo.

Bom, nos encontramos na estação de metro e fomos a pé até o parque. Não tinha muita fila pra comprar ingressos, só uma pequena fila pra entrar no parque (e filas gigantes pra tirar fotos com os personagens). Pulamos a parte de tirar fotos e fomos direto para os brinquedos onde as filas grandes iam se formar em alguns minutos. Enquanto os turistas tiravam foto de cada poste, nós descíamos enlouquecidas as montanhas-russas.

Gente, confesso que senti uma emoção gigante ao entrar naquele parque. É tudo tão perfeito! Tão lindo, tão novo, tão bem cuidado, com uma música perfeita, dos filmes que você mais gosta ao fundo. *.* Foi mágico.

Como eu disse, começamos pelas montanhas-russas. Pra entrar, antes você deixa seus pertences num armário e caminha mais de 1 km pelas filas (que estavam vazias, estão a gente pulava algumas etapas) e sobe muitas escadas pra chegar nos brinquedos. As filas recebem especial atenção na hora do projeto do brinquedo. Em dias de pico, chegam a ser formadas 2 km (3h) de filas, então as pessoas poderiam se entediar. Por isso, eles fazem todo um tema nas filas relacionadas ao brinquedo, contando uma história de como você é um tripulante de um espaçonave indo pra sua primeira missão, tendo que ser corajoso pra derrubar a nave dos alienígenas e tal. Então eles enchem cada parte da fila (que é dividida em diversas salas) com mapas, projetos, vídeos, réplicas das coisas dos filmes, etc. Muito legal mesmo!

As maiores montanhas-russas são do filme Sci-Fi. Elas vão a quase 140 km/h, com alta intensidade e quedas bruscas, loops e partes em que você mergulha no chão e passa através de uma névoa de assustar o cara na primeira vez (juro que eu achei que a gente ia bater no chão! A névoa é tão densa que não dá pra distinguir do piso!). Uma delas tem os trilhos invertidos (na sua cabeça), então os pés ficam soltos! Mó adrenalina! Fomos 6 vezes. A Isabelle saí correndo desesperada pra entrar na fila de novo. No final, eu já não sabia onde era em cima e onde era embaixo. Minha cabeça rodava e meu coração já não sabia mais o que fazer.

Antes.


Depois fomos pra uma montanha-russa que acontece no escuro. Medo. Muito medo. Imagine uma montanha-russa enorme INTEIRA dentro de um prédio. Medo [2]. Mas é muito legal! O tema é da Múmia, então de vez em quando apareciam fantasmas, múmias no escuro, coisas roçando na sua cara... bah, levei cada susto! O melhor mesmo é não ter noção nenhuma de pra onde o carrinho tá indo. Você só se segura e vai. Demais! Fomos umas 4 vezes nessa! As fotos desse brinquedo eram as mais divertidas. Todo mundo apavorado.

Almoçamos sanduíches e fomos assistir a um show do "Waterworld" pra digestão ir bem. O show for demais, todo num palco cheio de água (piscinão) e umas plataformas. Nesse show, do nada, um avião pousou na água. Do nada. Incrível! Ficamos naquela "mas que mer** é essa?" Totalmente inesperado. A Universal realmente consegue me surpreender. 
O mesmo aconteceu no filme 4D do Shrek, em que o Burro espirrou e a gente recebeu um jorro de água fina (que nojo me deu na hora!) e arranhas subiram por nossas pernas (não eram reais, que fique bem claro) quando o mesmo aconteceu no filme. Se isso acontecesse na montanha-russa da múmia com os escaravelhos eu fugia do carrinho. Certo.

Na parte de Madagascar, teve show dos personagens dançando e cantando. Lembrei da minha querida amiga, Ana Krum, que ama os pinguins. Tirei fotos pra ela. E sabe o navio que os pinguins sequestram no filme? Ele tá atracado no parque (sim, um navio gigante no meio do parque), como se pinguins tivessem vindo pra Cingapura. Muito bem bolado.



Em seguida, fomos na atração mais nova do parque: uma viagem 4D dentro de um dos personagens de transformers. Foi o único lugar que pegamos fila de fato: 15 minutos. Mas valeu muito a pena. Óculos 3D, você sentado dentro de um carro super-high tech e, de repente, você vira um dos bonecos do transformers! Noooossssa, foi demais! Uma das melhores sensações do mundo! E dá até um pouco de receio as vezes. Tem uma hora em que o carro cai de um prédio, dá o maior medo! Você tem que ficar se lembrando constantemente de que aquilo é um brinquedo pra não surtar. Mas é difícil, já que o negócio é tão realista. Fomos mais uma vez, dessa vez só esperamos 10 minutos na fila, mas passa super rápido por causa dos entretenimentos que eles colocam no caminho.



Passamos mais de 9h no parque, fizemos cada centavo daqueles 68 dólares valerem a pena. Assistimos vários shows, filmes, musicais, etc. Um dos melhores foi um produção especial de Steven Spilberg, onde entramos em um estúdio pra gravação de um furacão em Nova Yorque. O lugar se enche de água, o teto cai quase em cima da gente (de pé numa plataforma no meio da cena, como se fôssemos os atores), trovões, raios, muito reais, e um navio que simplesmente quebra uma parede e invade o galpão a beira-mar onde estamos. Foram os 10 minutos mais apavorantes da minha vida. Foi tudo muito real! Olhando através das janelas do galpão a gente podia ver NY sendo destruída pelo furação. Medo demais! Saímos encharcadas, tremendo, só querendo terra firme e um pouco de calor. Que horror (só não fomos de novo porque a fila se agigantou).

Depois.


Fomos pra casa exaustas, com os nervos a flor da pele e sabendo que havia sido um dos melhores dias de nossas vidas.


Beijos!